Pelo menos 30 pessoas procuraram a Delegacia de Estelionato de Maringá nesta terça-feira, 9, para registrar queixa contra uma empresa de consórcios da cidade.
As vítimas alegam que compraram cartas de consórcio, deram entrada, mas nunca foram incluídos em nenhum grupo e cota. E o pior, os donos da empresa teriam desaparecido.
Uma das vítimas, Taís de Oliveira, 26 anos, disse que investiu R$ 25 mil mas os donos da empresa sumiram. Ela tenta conversar com eles e não consegue.
“Nós vimos o anúncio e conversamos com o vendedor e negociamos a carta de crédito e ele disse que em 15 dias estaria em nosso nome. Mas não aconteceu isso. A gente deu entrada de R$ 25 mil e eles sumiram”, disse Taís.
Uma das vítimas, que não quis ser identificada, investiu R$ 60 mil em uma carta de crédito de um imóvel. Ela não recebeu a carta e não consegue falar com a empresa.
“Estou desesperada porque investi tudo o que tinha pra ver se conseguia comprar meu imóvel e agora descobri que foi um golpe. É difícil demais. Não sei o que vou fazer”, comentou.
Outra vítima da empresa entrou em contato com o GMC Online e relatou que teme ter caído em um golpe. Segundo ela, que preferiu não se identificar, a carta de crédito já contemplada foi comprada em fevereiro deste ano com a promessa de que o valor seria liberado em até 60 dias, mas até hoje ela não teve acesso ao dinheiro.
Ela diz que o valor da carta de crédito seria destinado à compra de um carro. Quando o prazo de 60 dias se encerrou, a vítima procurou a empresa para receber o valor, mas nunca conseguiu um retorno. Ela diz que diferentes vendedores a atenderam. “Na hora de marcar a minha vistoria, eles desapareciam”, relembra.
Ela explica que, durante uma das visitas à sede da empresa, encontrou outras pessoas que também enfrentam problemas semelhantes.
Delegacia vai investigar
A equipe de investigadores da Delegacia de Estelionato de Maringá está registrando os boletins de ocorrência para iniciar a investigação. O delegado está ouvindo as vítimas na tarde desta terça-feira, 9, para que os responsáveis pelo golpe sejam punidos.
Os valores que os golpistas ofereceram para as vítimas nas cartas de créditos para veículos e imóveis estão dentro do valor de mercado. Eles usavam uniforme também, segundo algumas vítimas.
O GMC Online está tentando contato com a empresa, mas por enquanto ninguém atendeu a reportagem.
Por: Monique Manganaro e Fábio Guillen/GMC Online