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Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil contra um empresário de Umuarama. A operação foi realizada nesta terça-feira (9).

De acordo com a polícia, o empresário, de 45 anos, é dono de uma empresa de energia sustentável em Umuarama. Ele é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro e estelionato em contratos milionários de usinas fotovoltaicas. Os mandados judiciais foram cumpridos em um condomínio na avenida Rio Grande do Sul e na sede da empresa, no bairro Parque Residencial da Gávea, conforme a polícia. 

Durante a operação, os policiais apreenderam documentos, duas pistolas calibre .380, quatro munições calibre .38 e o celular do empresário, que deve passar por perícia. O investigado foi autuado em flagrante por posse ilegal de munições e foi liberado após pagar fiança de R$ 2.000. Em relação às pistolas, apresentou registro regular de posse. 

Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram em maio deste ano, após denúncia de um produtor rural de 62 anos, morador de Maria Helena (PR). O relato é de que o produtor teria assinado contrato de compra e arrendamento de duas usinas de energia, com promessa de rendimento mensal de R$ 8 mil durante oito anos. 

O pagamento seria viabilizado por um financiamento bancário, cujas parcelas seriam assumidas pela empresa do investigado. Dias depois, segundo contou a vítima à polícia, foi surpreendido com a celebração de um contrato de crédito rural em seu nome, junto à Caixa Econômica Federal de Paranavaí, no valor de R$ 1,2 milhão. O dinheiro foi transferido à empresa, mas as usinas não foram instaladas, nem as parcelas do empréstimo quitadas. 

A polícia informou ainda que há outros boletins de ocorrência registrados contra o empresário em várias cidades, com relato semelhante. Os prejuízos variam de R$ 1,1 milhão a mais de R$ 4 milhões em municípios como Paranavaí, Assis Chateaubriand e Marechal Cândido Rondon. Conforme a polícia, os casos somam 80 vítimas, principalmente produtores rurais de cidades do noroeste e oeste do Paraná. 

A Polícia Civil orienta que caso mais pessoas tenham sofrido prejuízo parecido, procurem a delegacia mais próxima para registrar boletim de ocorrência.