O soldado Juliedes Nunes trabalhava há 13 anos na Polícia Militar. No próximo dia 14 de maio ele faria 37 anos de idade. Era casado e pai de duas meninas, uma de 13 e outra de 6 anos. Nessa quinta-feira ele morto a tiros no Vale Azul, em Sarandi. Num local isolado e com pouca iluminação. Lá foram encontradas 20 cápsulas de calibre .380 e 9mm. O policial levou dez tiros. O enterro será nesta tarde. Mas bem antes, pela manhã, a polícia apresentou à imprensa três suspeitos do crime. Entre eles uma mulher que teria atraído o policial até o local dos disparos. Ela era conhecida da vítima e pediu uma carona ao PM. Outros dois rapazes presos são suspeitos de atirar. As armas não tinham sido encontradas até o final da manhã. Mas policiais do Choque estavam com mais um suspeito detido e ele poderia estar com as armas. Na entrevista coletiva, o comandante do 4ºBatalhão, tenente-coronel Ademar Paschoal, e o delegado-chefe de Maringá, Adão Rodrigues, disseram que as prisões foram o resultado de um trabalho conjunto, que mobilizou dezenas de policiais.
Mas foi o delegado de Sarandi, Adriano Garcia, quem explicou como foi o crime e a motivação dos suspeitos. Para a polícia, o soldado foi morto porque incomodava os traficantes do bairro onde morava. Foi uma espécie de vingança, mas sem qualquer relação com o processo por homicídio que o policial Juliedes respondeu em 2017 e do qual foi absolvido.