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Maringá
O diabetes é responsável por 70% das amputações realizadas no Brasil, o que representa cerca de 55 mil procedimentos desse tipo por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em Maringá, o diabetes provocou 162 amputações entre 2015 e setembro de 2019. Foram 85 amputações de desarticulação de dedo; 46 amputações de desarticulação de membros inferiores; 29 de desarticulação de pé e tarso; e 2 revisões cirúrgicas de coto de amputação dos dedos.
Os dados do Sistema Único de Saúde (SUS) foram fornecidos pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) a pedido do Portal GMC Online. Até o nono mês de 2019, 38 amputações tinham sido necessárias em Maringá em decorrência do diabetes, sendo a maioria (23) de desarticulação de dedo.
Segundo os números, 2018 lidera como o ano que mais teve amputações nos últimos cinco anos em Maringá. Foram 49, sendo a maioria (24) por desarticulação de dedo.
O cirurgião vascular Rogério do Lago Franco lida cotidianamente com amputações provocadas pelo diabetes. Ele explica que a doença evolui ao ponto de ter que cortar um membro quando o paciente demora para receber o diagnóstico e passa um longo período da vida sem fazer tratamento ou quando o paciente sabe que tem a doença e não faz o tratamento da forma adequada. Muitos, por exemplo, não respeitam as restrições alimentares para manter o controle glicêmico ideal.
“O paciente diabético tem uma chance muito maior de desenvolver a doença nas artérias dos membros inferiores. Principalmente nas artérias menores, que estão localizadas ao nível do joelho até o pé. Com isso, progressivamente vai diminuindo o fluxo de sangue para os pés e aí quando eles sofrem algum ferimento, por exemplo na sola do pé ou nos dedos, os suprimentos sanguíneos são insuficientse para promover uma cicatrização e aí acaba evoluindo para gangrena (morte de um tecido) e posteriormente para a amputação”, explica.
Quais os sintomas do diabetes?
O paciente sente mais sede, aumenta a frequência urinária, tem perda de peso, perda muscular e fadiga. Na parte circulatória, começa a sentir dor nos membros inferiores ao caminhar, entre outros sintomas.
Às vezes, o diabetes pode ser assintomático, ou seja, não apresentar alterações ao organismo e fazer com que o paciente não sinta nada de diferente.
Prevenção
Fazer o tratamento adequado é o ideal, conforme ressalta o médico. É preciso disciplina do paciente para seguir a dieta. O diagnóstico precoce também é um passo fundamental.
“Os especialistas precisam identificar os problemas circulatórios na fase precoce. Quando ocorre uma obstrução e você consegue abordar no início, é possível fazer o tratamento inicial com medicamentos", diz.
O cirurgião vascular alerta que os diabéticos precisam se atentar aos pés.
“O paciente diabético tem o que a gente chama de neuropatia periférica. O diabetes causa lesões nas terminações nervosas, de modo que o paciente vai perdendo a sensibilidade no pé, nas extremidades. Com isso, podem sofrer pequenos ferimentos e não perceber. Podem usar um calçado que aperta e faze um pequeno ferimento e eles não percebem e aquele traumatismo repetitivo vai gerar uma ferida, essa ferida pode levar a um quadro infeccioso, que pode levar à amputação”, explica.
Por: Nailena Faian/GMC Online
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