Educação, Serviços Públicos e Saúde lideram horas-extras na Prefeitura
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82%

Educação, Serviços Públicos e Saúde lideram horas-extras na Prefeitura

Cidade por Victor Simião em 06/01/2019 - 22:30

Gastos nessas três áreas ficaram a 82% do total. Ao todo, Maringá gastou R$ 20 milhões no ano passado.

As três secretarias que mais gastaram com horas-extras em 2018 foram serviços públicos, educação e saúde, somando 17 milhões de reais – o equivalente a 82% do total despendido da Prefeitura de Maringá com isso. A Semusp teve 6 milhões 103 mil reais de despesas com horas-extras; Saúde, seis milhões 463 mil reais; a Seduc, 4 milhões 370 mil. Ao todo, a Prefeitura de Maringá gastou R$ 20 milhões com esse item em 2018, como a CBN informou na semana passada.

O dado é considerado alarmante pela Prefeitura de Maringá porque o município buscou reduzir as despesas, mas sem sucesso no ano passado. Os gastos de 2017 para 2018 aumentaram em mais de quatro por cento.

A CBN apurou que desde que a medida de reduzir horas-extras começou a ser pedida, ainda no primeiro semestre do ano passado, houve discussões internas. Tem gente que justifica o gasto dizendo que o motivo foi a falta de pessoa em alguns casos – como na educação. E que as horas-extras acontecem para suprir essa falta, não um benefício, segundo algumas pessoas.

Na área da Saúde e Serviços Públicos, há servidores que trabalham fora do horário por conta de acidentes, por exemplo.

O mal-estar interno piorou quando a Prefeitura decidiu abrir uma sindicância para apurar os motivos das horas-extras de 102 servidores. Na Saúde, o clima pesou – ao ponto de servidores dizerem que, se houvesse algum tipo de problema ou corte de horas-extras, eles parariam o serviço, independentemente do que houvesse.

A questão das horas-extras é fundamental para o município. É que o alto gasto ali impede contratações e aumento salarial, como a própria Prefeitura já falou. A folha de pagamento está 49% comprometida com servidores – já no limite de alerta. E em 2018 o executivo não conseguiu reduzir esse índice.

No ano passado foram feitas um milhão 307 mil horas extras. Em 2017 foram um milhão 289 mil. A Prefeitura em 2018 conseguiu aprovar uma lei criando diárias para servidores. O objetivo era reduzir as horas extras de quem viaja, como os motoristas. E em julho o Executivo publicou um decreto regulando o banco de horas. Essa iniciativa não foi aceita pelo sindicato dos servidores municipais, que entrou na Justiça e conseguiu impedir o funcionamento do decreto, que deveria ter entrando em funcionamento a partir de outubro.

O banco de horas que não começou a valer e a alta rotatividade dos servidores são as principais justificativas da Prefeitura para os gastos. Em 2018 cerca de 400 pessoas foram desligadas – e não houve reposição, segundo a Secretaria de Recursos Humanos. Por isso houve acumulo de trabalho, diz a Prefeitura.

A expectativa da Prefeitura é que neste ano haja aumento em arrecadações para diminuir o comprometimento da folha salarial. Além disso, pretende fazer novas contratações. A ideia é que com isso haja queda nesse tipo de gasto.

Na Educação, por exemplo, 449 pessoas que fizeram o concurso no ano passado foram chamadas. É uma medida para, entre outras ações, reduzir horas-extras.

Para 2019, o secretário de Recursos Humanos, César França, espera maior arrecadação e queda nas horas-extras.

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