Mistério
Desaparecimento de crianças em Maringá completa 31 anos; veja como elas estariam hoje
Segurança por Ivy Valsecchi/GMC Online em 18/03/2023 - 17:05
Vinte e seis dias separam o início do sofrimento de duas famílias de Maringá. Em março de 1992, duas crianças desapareceram sem deixar rastros, em uma busca que até hoje continua sem resposta. No dia 3, José Carlos Santos, então com 11 anos, desapareceu na Rua Rio Grande do Norte, no Jardim Alvorada. O menino de pele clara, cabelo curto castanho escuro e olhos castanhos azulados vestia um short azul, uma camiseta branca, no pé usava um tênis e nos braços carregava uma sacola cheia de limão.
No dia 29 daquele mesmo mês, Ednilton Palma, de 10 anos, era visto pela ultima vez, na Rua Madre Monica Maria, no Conjunto Lea Leal. Ednilton tem as mesmas características de José Carlos: pele clara, cabelo curto castanho escuro e olhos castanhos azulados. No dia em que desapareceu estava com uma camisa verde e azul e uma bermuda azul.
Hoje, Ednilton teria 41 anos de idade e José Carlos teria 42. O Sistema de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil do Paraná (Sicride), divulga uma imagem computadorizada de como eles seriam. Veja no fim desta reportagem.
Junto apenas do caso de desaparecimento de um menino em 2020, estes são os únicos casos de crianças (menores de 12 anos) de Maringá que constam no Sistema de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil do Paraná. Apesar de no Sistema constar que o desaparecimento de Ednilton foi em 1982, a família confirmou ao GMC Online que o caso foi registrado em 1992. Conheça abaixo as histórias das duas crianças.
Caso Ednilton
Ednilton foi adotado pela família de Suely Palma Stadler, que é irmã de Ednilton e tem 66 anos. Ela trabalhava em uma casa de recuperação em Maringá, em 1981, e na época uma mulher deu à luz e abandonou a criança. Depois de um ano, o juiz concedeu a guarda do menino aos pais de Suely.
“Niltinho era filho adotivo. Ele desapareceu em um domingo, às 19h, na porta da Igreja. Nunca tivemos pista concreta dele e não tem como procurar, não sabemos aonde ele está. Minha mãe foi várias vezes a Curitiba no Sicride, em reuniões para saber não só dele, mas do outro que desapareceu na mesma época, e as investigações continuam, a polícia continua investigando. Esperanças eu praticamente não tenho mais”.
Suely diz ser o maior golpe que já levou na vida. “Se você tem um filho e ele morre, pelo menos você sabe onde ele está, é uma certeza. Mas na minha situação eu fico pensando o que aconteceu, é angustiante demais. Minha mãe não se conforma até hoje e meu pai faleceu sem saber o que aconteceu com ele”, relata.
Caso José Carlos Santos
A irmã de José Carlos, Elisângela dos Santos Marchi, disse em entrevista ao GMC Online em 2019, que o irmão desapareceu em uma segunda-feira, véspera de Carnaval. Elisângela ainda era criança na época do desaparecimento e não se lembra de muitos detalhes. Na data, segundo ela, o menino saiu de casa para entregar limões a um colega e não foi mais visto.
Em entrevista em 2019, Elisângela relatou que a família teve acesso a informações sobre um possível paradeiro de José Carlos por volta de 2014. Segundo ela, o irmão poderia estar no nordeste. A polícia foi até a casa dos familiares, colheu as informações obtidas e investigou, mas José Carlos não foi encontrado.
Investigação
Os desaparecimentos das crianças ocorreram antes da criação do Serviço de Investigações de Crianças Desaparecidas (Sicride), em 1995. Porém, como em qualquer caso, todas as denúncias que chegam até a corporação são apuradas. Ao GMC Online, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), informou que os dois casos seguem sem absolutamente nenhuma pista.
Os casos podem ser arquivados em comarcas e delegacias locais, entretanto o Sicride tem uma cópia de todas as investigações e apura qualquer novo indício referente aos casos – veja abaixo os contatos para quem tiver alguma informação.
Veja como estariam atualmente Ednilton Palma e José Carlos Santos
Tem alguma pista?
Entre em contato com o Sistema de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil do Paraná (Sicride).
Telefone: (41) 3224-6822
E-mail: sicride@pc.pr.gov.br.
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