Imagem ilustrativa/foto: Gerd Altmann/Pixabay

Pela primeira vez desde o início da pandemia, os óbitos de pessoas abaixo de 60 anos superaram os de idosos em Maringá, no período de um mês. É o que aponta o levantamento do ‘Observatório Covid-19’, formado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) e pela UniCesumar. O estudo se refere ao mês de junho (até esta terça-feira, dia 29), em que a cidade somou 311 mortes no mês.

Dos 311 óbitos por Covid-19 registrados em junho em Maringá, 151 (48,5%) eram pacientes entre 40 e 59 anos; 122 (39,2%) eram idosos (60 anos ou mais); 34 (10,9%) tinham entre 20 e 39 anos e 4 (1,2%) pacientes tinham 19 anos ou menos. No caso dos adultos de 20 a 39 anos anos, a cidade registrou em junho mais que o dobro de óbitos de março (16) – pior mês da pandemia.

“Pela primeira vez, os adultos entre 40 e 59 anos suplantaram em número de óbitos os idosos. A triste notícia é que esse número de 122 óbitos de idosos em junho é quase o dobro de maio, que foi 63, e um pouco mais que abril, que foi 119. […] Além disso, tivemos um volume de mortes bastante significativo no grupo de 20 e 39 anos. Nesse grupo, em março, foram 16 óbitos. Em junho, já está com o volume de 34 óbitos, mais do que o dobro de março”, detalhou o presidente da Câmara Técnica de Educação do Codem e coordenador do Observatório Covid-19 Maringá, Guaracy Silva, em entrevista ao GMC Online.

Silva frisa que a queda na mortalidade de idosos na cidade é resultado do avanço da vacinação. “Os números mostram que a vacina contra a covid-19 está fazendo efeito, principalmente na população idosa que já deve ter sido completamente imunizada. Mas, tanto o público entre 40 e 59 anos, quanto o de 20 e 39 anos, tem cada vez mais participação no total de óbitos, marcadamente agora em junho”, acrescenta.

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