Caso Beatriz Pacheco completa oito anos sem solução
Beatriz Pacheco faria 19 anos em dezembro deste ano – Foto: Arquivo familiar

Sarandi

Caso Beatriz Pacheco completa oito anos sem solução

Segurança por Fabio Guillen/GMC Online em 02/07/2020 - 18:30

Um dos casos policiais mais complexos do Paraná completou oito anos sem solução. A Polícia Civil ainda não chegou ao autor da morte de Beatriz Pacheco, menina de 11 anos que foi brutalmente assassinada em junho de 2012, em Sarandi. 

Desde então, a mãe da menina, Érika da Silva, 45 anos, não consegue ficar em paz sabendo que o autor do crime continua solto. Érika disse ao GMC Online que está sempre buscando formas de superar a dor, mas é muito difícil. 

“Tem dias que é difícil viu. As lembranças vem e derruba a gente. É um trauma muito grande. Demorei anos para conseguir começar a tocar minha vida. Eu nem de casa conseguia sair. Só chorava. Não sou tão forte assim sabe, e por isso sofro muito ainda”, conta a mãe da menina. 

Érika se mudou de Sarandi e atualmente mora em Maringá, onde se especializou em cuidar de idosos. Após a morte da filha, Érika ficou apenas com o filho mais velho, que tem 26 anos. E esse filho decidiu fazer uma homenagem à irmã assim que soube que a esposa estava grávida de uma menina. A criança foi batizada de Beatriz. 

“Foi uma surpresa muito grande pra mim. Minha neta se chamar Beatriz é como se eu estivesse revivendo a infância da minha filha. Eu disse para meu filho não fazer isso, mas ele queria muito porque também sente saudades da irmã. Eu amo muito minha neta. É um presente de Deus pra mim”, disse Érika. 

A mãe da menina Beatriz não perdeu a esperança e acredita que o responsável pela morte da menina ainda será preso. “Eu tenho esperança ainda. Tenho fé que o caso dela vai ser desvendado igual o caso da menina que foi morta e jogada na mala em Curitiba. Deus sabe de tudo e eu tenho certeza que o assassino está vivo e ele vai pagar por isso. Eu sinto isso”, afirmou Érika da Silva. 

 

Beatriz Pacheco e a mãe Érika da Silva em foto de arquivo da família
Beatriz Pacheco e a mãe Érika da Silva em foto de arquivo da família

O crime chocou a sociedade 

A morte de Beatriz Pacheco chocou Sarandi, Maringá e diversas cidades do interior do Paraná. O crime na época ganhou muita repercussão porque a polícia sempre divulgava muitas informações sobre suspeitos na tentativa de encontrar o autor da morte. Mas o criminoso nunca foi localizado. 

Beatriz brinca com um primo na frente da casa de familiares em Sarandi quando o crime aconteceu. O menino, também com 11 anos na época, disse à polícia que um homem passou na rua e ofereceu dinheiro para eles. Em troca eles teriam que cuidar do cavalo do homem. O menino não aceitou, mas Beatriz teria aceito cuidar do cavalo e foi com o homem. 

A menina desapareceu e depois de um mutirão feito por moradores de Sarandi, policiais e bombeiros, Beatriz foi encontrada morta em um matagal perto da casa onde ela desapareceu. A criança foi abusada sexualmente, segundo a perícia. 

Foto: Arquivo familiar
Foto: Arquivo familiar

Polícia Científica já fez 100 exames de confronto genético 

De acordo com o delegado de Sarandi, Adriano Garcia, pelo menos 100 exames de confronto genético foram feitos em suspeitos desde que o crime aconteceu, em 2012. 

No entanto, nenhum deu positivo e o crime segue sem solução. Garcia disse que sempre que aparece algum crime sexual na região a investigação pede o confronto genético, mas até o momento nenhuma pista do assassino de Beatriz. 

Vários delegados passaram pelo caso e o crime segue sem solução. Um retrato falado foi feito na época pela Polícia Civil com base nas informações repassadas pelo primo de Beatriz. Veja abaixo.

Se alguém tiver qualquer tipo de informação pode procurar a polícia pelo telefone 181, da Polícia Civil, ou 190, da Polícia Militar. 

Retrato falado do assassino da menina Beatriz – Foto: Divulgação Polícia Civil PR
Retrato falado do assassino da menina Beatriz – Foto: Divulgação Polícia Civil PR

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