Os vereadores e servidores de Câmaras Municipais precisam viajar. Faz parte da rotina nos Legislativos. Mas a sociedade tem que estar sempre vigilante porque os gastos com diárias podem extrapolar o razoável. Por exemplo, Iguaraçu, próximo a Maringá, tem 4 mil e 300 habitantes e a Câmara Municipal gastou de janeiro a setembro deste ano 121 mil reais em diárias. Para efeito de comparação, Floresta , também perto de Maringá, que tem mais habitantes, cerca de 6 mil e 600, gastou bem menos. Lá vereadores e servidores do Legislativo gastaram este ano 3 mil e 70 reais. Em Paiçandu os gastos foram de 8 mil e 50 reais. Sarandi, que tem quase 100 mil habitantes, ocupa a segunda colocação de gastos neste ranking. Lá foram consumidos em diárias este ano 79 mil reais. Maringá, que é a cidade-polo desta região gastou pouco na comparação. Com mais de 400 mil habitantes, vereadores gastaram 13 mil 950 reais em diárias. A explicação das cidades menores é que sem viajar, sem ir à capital, essas cidades não conseguem investimentos. Foi o que disse um vereador de Sarandi à reportagem da CBN. É o que justificou também o presidente da Câmara de Iguaraçu, José da Silva Costa. Mas o pedido de recursos, segundo ele, é feito em intervalos de cursos de capacitação realizados por sete vereadores, em Curitiba.
Realmente, das 80 viagens feitas por vereadores e servidores da Câmara de Iguaraçu este ano, 66 foram para Curitiba. Mas há também viagens para Astorga, Jaguapitã , Londrina e Maringá. Para Maringá quem vem é o presidente da Câmara e mais para resolver assuntos administrativos, como ir ao banco.
Os dados de gastos com diárias estão no Portal da Transparência.