Nesta semana, a Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão na empresa de energia sustentável, com sede em Umuarama, no interior do Paraná.
O dono da empresa, investigado por estelionato, foi preso em flagrante por porte ilegal de munição e foi liberado após pagar fiança de R$ 2 mil.
Ele é suspeito de aplicar um golpe em pelo menos 80 produtores rurais de cinco cidades da região noroeste do Paraná.
Segundo a polícia, o empresário entrava em contato com as vítimas, a maioria idosas, e oferecia um negócio bastante vantajoso.
Ele faria um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal e construiria na propriedade rural uma usina de energia solar.
Durante oito anos, o rendimento ficaria com o empresário para pagar o empréstimo e obter algum lucro.
Depois disso, todo o rendimento, cerca de R$ 8 mil por mês, seria do produtor rural.
O que os produtores descobriram mais tarde é que o financiamento foi feito em nome deles, contratos milionários: de R$ 1,2 milhão a R$ 4 milhões em alguns casos.
O advogado Vitor Pagani defende um produtor que assinou o contrato com a Caixa pensando se tratar apenas de uma autorização para verificação de crédito. [ouça o áudio]
A CBN tenta contato com a defesa do empresário investigado. A Caixa Econômica Federal enviou uma nota oficial sobre o assunto.
Na nota, a Caixa informou que atua em conjunto com as forças de segurança nas investigações que envolvem a instituição. Mas as informações são sigilosas. O banco informa ainda que continuamente aperfeiçoa os critérios de segurança em movimentações financeiras.