O número de moradores de rua se multiplicou em todo o País. Entre 2012 e 2022, o aumento no número de pessoas que vivem nas ruas foi de 211% em todo o Brasil, totalizando, atualmente,mais de 281 mil brasileiros. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente durante a pandemia, entre 2019 e 2022, o crescimento foi de 38%.
Em Maringá a situação não foi diferente. Em vários pontos da cidade há mendicância nos semáforos e uma quantidade significativamente maior de moradores de rua principalmente na área central da cidade e nas proximidades do Albergue Santa Luiza de Marillac, na rua Fernão Dias, instituição que oferece abrigo e alimentação a pessoas em situação de rua, em Maringá. Muitas dessas pessoas pedem por dinheiro, algumas com placas que contam um pouco sobre o motivo de estarem ali, ou simplesmente dizendo que tem fome. O pedido toca o coração e sensibiliza para que doações sejam feitas. Mas para a Associação Comercial e Empresarial de Maringá, a Acim, oferecer dinheiro não soluciona o problema social - pelo contrário, pode agrava-lo, como explica o presidente da Acim, José Carlos Barbieri[ouça o áudio acima]
A Associação Comercial e Empresarial de Maringá lançou uma campanha com o nome “Dar Dinheiro Não dá Futuro: ajude uma entidade!”. O propósito é evitar a doação de esmolas e direcionar estes recursos para entidades assistenciais que buscam tirar as pessoas da situação de rua. Na internet, uma página da campanha orienta e direciona aqueles que querem ajudar ao contato direto com tais entidades. O movimento tem apoio da Sociedade Civil Organizada, inclusive da Arquidiocese de Maringá e da OPEM, a Ordem de Pastores. O Coordenador da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Maringá, Padre Genivaldo Ubinge, falou sobre a campanha. [ouça o áudio acima]
A campanha está programada para o período de abril a dezembro deste ano e tem como objetivo encaminhar os moradores em situação de rua para as entidades especializadas no acolhimento e diminuir o dinheiro em circulação nas principais vias de Maringá, evitando assim o tráfico e o consumo de drogas. [ouça o áudio acima]
Nesta quarta-feira, o prefeito Ulisses Maia, em entrevista à CBN Maringá, disse que a cidade oferece vagas em clínicas terapêuticas pagas pelo Poder Público para dependentes químicos e que há controle sobre a população em situação de rua, que são acompanhadas e recebem assistência e oferta de abrigo, alimentação e colocação no mercado de trabalho, mas o problema é que muitos que estão na rua não querem sair desta situação, diz o prefeito. Sobre as praças Raposo Tavares e Renato Celidônio, por onde transitam muitos moradores de rua, inclusive com a formação de pequenas cracolândias na Avenida Getúlio Vargas que liga as duas praças. O prefeito diz que o Eixo Monumental será uma solução e a revitalização das praças será feita ainda este ano.
Para consultar a página da campanha “Dar dinheiro não dá futuro, ajude uma entidade” acesse o link
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