‘A gente tem várias vidas’, diz sobrevivente tragédia da Chapecoense
Rodrigo Fernandes

Em Maringá

‘A gente tem várias vidas’, diz sobrevivente tragédia da Chapecoense

Esporte por Victor Simião em 11/03/2019 - 19:30

O jornalista Rafael Henzel veio a Maringá e deu uma palestra. Na avaliação dele, dias ruins existem, assim como dias bons. Ele foi um dos sete sobreviventes em acidente que matou 71 pessoas. 

Retificação: Diferentemente do que foi informado na reportagem, o time de Chapecó iria disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético de Medelin e não, a Taça Libertadores

28 de novembro de 2016. Uma data trágica para o mundo. Naquele dia, o avião Lamia 2933, que voava da Bolívia para a Colômbia, caiu. Das 77 pessoas a bordo, 71 morreram. Lá estavam o time da Chapecoense, de Santa Catarina, diretoria e comissão técnica da equipe, jornalistas e tripulação. O time brasileiro disputaria a final da Copa Sul-Americana  em Medelín, na Colômbia, contra um clube daquele país. Mas por uma série de falhas do piloto e da aeronave, a partida nunca foi realizada. O dia 28 de novembro de 2016 entrou para a história.

Dos seis sobreviventes, um deles foi o jornalista Rafael Henzel. O locutor que vive em Chapecó desde então tem falado abertamente sobre o assunto por meio de entrevistas e palestras. Dos 20 jornalistas que estavam no voo, ele foi o único profissional que não morreu.
Nesta segunda-feira (11), ele veio a Maringá para participar de um evento em uma cooperativa operadora de planos de saúde .
O titulo da palestra é “Viva como se estivesse de partida”. Segundo o jornalista, é para mostrar que enquanto a gente vive, há várias vidas à disposição.

Henzel tem viajado para falar sobre questões de segurança, futebol e afins, tudo ao redor daquilo que aconteceu em novembro de 2016
O palestrante costuma dizer não saber como sobreviveu. E não mesmo. Ele se sentou em um lugar no avião que não costumava se sentar – o que fez toda a diferença.

Rafael Henzel ficou mais de um mês internado, parte dos dias na UTI. Desde que saiu, deu entrevistas e voltou a trabalhar. Para ele, o acidente não pode ser esquecido, ainda mais porque as indenizações não foram pagas e os culpados não foram presos.

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