40% das habilidades atuais vão mudar até 2030
A parceria entre humanos e máquinas define a nova era do trabalho, exigindo competências digitais e aprendizado constante. | Foto: AdobeStock

Empregos globais

40% das habilidades atuais vão mudar até 2030

Assessoria por Redação em 22/10/2025 - 08:00

Transformações tecnológicas, ambientais e demográficas devem remodelar 22% dos empregos globais nos próximos cinco anos. 

A transformação do mercado de trabalho mundial já está em curso e ocorre em um ritmo sem precedentes. Segundo o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, do Fórum Econômico Mundial (WEF), 22% dos empregos globais serão remodelados até 2030, o que representa mais de 260 milhões de funções criadas ou extintas.

Apenas nos próximos cinco anos, 92 milhões de postos de trabalho devem desaparecer, impulsionados pela automação, pela transição verde e pelas mudanças demográficas. Essas transformações afetam especialmente os setores que ainda dependem de processos manuais e funções de rotina.

O WEF também aponta que 40% das habilidades exigidas atualmente no mercado mudarão até o fim da década, o que evidencia a urgência da requalificação e do aprendizado contínuo.

Novas profissões surgem enquanto funções tradicionais desaparecem

As mudanças são impulsionadas por três grandes vetores globais:

⦁ A digitalização e a inteligência artificial, que estão transformando todas as indústrias;
⦁ A transição verde, que cria novas oportunidades ligadas à sustentabilidade e energia limpa;
⦁ O envelhecimento populacional, que expande a demanda por serviços de saúde, cuidado e educação.

Enquanto profissões ligadas à tecnologia da informação, biotecnologia e economia circular estão em ascensão, atividades administrativas, operacionais e criativas baseadas em tarefas repetitivas estão em queda.

O relatório destaca que funções como caixas, assistentes administrativos e contadores estão entre as que mais devem recuar até 2030, ao passo que profissionais de tecnologia, educação, saúde e energia renovável devem liderar a criação de novas vagas.

Parcerias entre humanos e máquinas definem a nova era do trabalho

Segundo o estudo Realizing 2030, da Dell Technologies e do Institute for the Future (IFTF), o futuro do trabalho será marcado pela colaboração entre humanos e máquinas.

Tecnologias como inteligência artificial colaborativa, realidade estendida (XR), blockchain e automação cognitiva estão criando funções que ainda nem existem hoje.

Essa nova dinâmica exige competências digitais avançadas, pensamento crítico e flexibilidade cognitiva, ao mesmo tempo em que reforça a importância das chamadas habilidades humanas como, criatividade, empatia e colaboração, que seguem sendo essenciais mesmo em ambientes automatizados.

O WEF alerta que 59% dos trabalhadores precisarão se requalificar até 2030, e 11% não terão acesso a essa formação, tornando-se vulneráveis ao desemprego estrutural.

A lacuna de habilidades cresce mais rápido que a adaptação

A velocidade da transformação é maior do que a capacidade média de adaptação das empresas e trabalhadores. O relatório mostra que 63% dos empregadores identificam a falta de qualificação técnica como a principal barreira ao crescimento de seus negócios.

Essa lacuna reforça a necessidade de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas à requalificação, além de programas de formação contínua que acompanhem a evolução tecnológica dos setores produtivos.

O recado é direto: sem requalificação, milhões de profissionais podem perder espaço em um mercado moldado por tecnologia, sustentabilidade e dados. O ritmo da mudança não vai diminuir e o preparo será o único fator determinante de quem continuará empregado.

Respeitamos sua privacidade

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade