A variante Delta é temida por causa da taxa de transmissibilidade e do risco de resistência às vacinas.
No Paraná, o primeiro caso foi confirmado em 2 de junho. Uma paciente de Apucarana, contaminada em abril deste ano. Em Maringá, o Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmou o primeiro caso este mês, no último dia 8.
Mas um estudo conduzido pelo Instituto para Pesquisa do Câncer (Ipec) de Guarapuava em parceria com o laboratório ND Núcleo Diagnóstico de Maringá e com o laboratório de Imunogenética da UEM, revela que em maio a variante já circulava na cidade.
O estudo que será publicado em breve detectou 16 casos em Maringá e nove em outras cidades.
O sequenciamento genético foi feito pelo Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava, que tem equipamento de última geração.
A pesquisa revela que a variante delta não se tornou a mutação prevalente como se esperava. Ou seja, apesar da maior taxa de transmissibilidade apontada pelos cientistas, não houve uma explosão de casos.
A coordenadora do laboratório de Imunogenética da UEM, Jeane Eliete Laguila Visentainer, diz que o estudo começou após o ND Núcleo Diagnóstico perceber modificações nas amostras analisadas. [ouça o áudio acima]
As outras cidades incluídas no estudo são Londrina, Campo Mourão e Sarandi. Juntamente com Maringá, a prevalência maior é da variante gamma, que responde por 61% dos casos, a delta aparece em segundo lugar com 30%, e outras variantes têm 9% de prevalência.
Atualização às 12h30: De acordo com o ND Núcleo Diagnóstico, de cada 100 exames de Covid-19, 10 têm resultado positivo. O que significa que apesar da redução de casos, a pandemia não acabou e é preciso manter todos os cuidados. A variante delta tem mais capacidade de transmissão porque produz uma carga viral mais elevada, mas as vacinas são eficientes contra a delta. Mesmo quem toma a vacina pode pegar e transmitir o coronavírus. Só que estará mais protegido contra os casos graves, que requerem hospitalização.
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