Urologista descredenciado pelo município nega acusações
Foto: PMM

Maringá

Urologista descredenciado pelo município nega acusações

Saúde por Carina Bernardino em 23/10/2019 - 17:46

O médico investigado por reutilizar materiais cirúrgicos no Hospital Municipal de Maringá afirma ser ético e prezar pela qualidade do tratamento dos seus pacientes. Ele espera que os fatos sejam esclarecidos.

O urologista maringaense investigado pela reautilização de materiais cirúrgicos no Hospital Municipal de Maringá enviou uma nota à CBN nesta quarta-feira (23). Na nota, ele diz que é formado na UEL (Universidade Estadual de Londrina); que é especialista pela Sociedade Brasileira de Urologia; que não tem penalidade ética pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) e que nunca foi condenado em processo criminal.

O médico ainda diz que atende pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) de Maringá desde 2006 e que segue sua conduta ética profissional em todos os atendimentos, seja de pacientes da rede pública ou privada.  Ele conclui dizendo que espera que os fatos sejam esclarecidos e que está a disposição dos órgãos competentes para prestar esclarecimentos. Enquanto a investigação é realizada, a prefeitura de Maringá decidiu pelo descredenciamento do profissional, que era terceirizado. De acordo com a prefeitura, os materiais cirúrgicos supostamente reutilizados foram recolhidos na última segunda-feira (21) na mala médica dele, durante fiscalização da Vigilância Sanitária da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) e da Promotoria de Saúde do Ministério Público do Paraná. Em coletiva de imprensa nessa terça-feira (22), o secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto, afirmou que o município considera o ato um crime contra a saúde pública e que a fiscalização de rotina estava agendada a mais de três meses.

O MP falou que se trata de uma investigação sigilosa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Já a Sesa, informou que foi ao Hospital Municipal após ser acionada pelo MP. Biatto também ressaltou que o médico é tratado como suspeito. Porém, a prefeitura de Maringá registrou boletim de ocorrência contra ele pela suposta reutilização de materiais cirúrgicos e Hospital Municipal, instaurou um processo administrativo para apurar o caso. 

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