Testemunho de delegado só deve terminar no sábado
Foto: Luciana Peña/CBN Maringá

Caso Sevilha

Testemunho de delegado só deve terminar no sábado

Segurança por Victor Simião em 06/03/2020 - 17:35

Ronaldo Carrer começou a falar na quinta-feira (05). Ele foi um dos responsáveis pela investigação da morte do auditor fiscal José Antônio Sevilha. Advogados de defesa disseram esperar mais 10 dias de julgamento.

O delegado de Polícia Federal Ronaldo Carrer é uma das principais testemunhas, na avaliação do Ministério Público Federal e da defesa dos três réus. É que como ele foi um dos responsáveis pela investigação do homicídio do auditor fiscal José Antônio Sevilha, conhece toda a história.

Sevilha foi assassinado a tiros em 2005. Na terça-feira (03) começou o julgamento dos três réus acusados de participação no crime.

Carrer já foi questionado pelo juíz Cristiano Manfrim. Nesta sexta, durante a tarde, estava respondendo as perguntas dos procuradores da República. A expectativa dos advogados de defesa é que eles possam fazer questionamentos neste sábado.

O delegado é a quarta testemunha a ser ouvida. A viúva do auditor foi a primeira. Ao todo, nove pessoas devem ser ouvidas. 

A reportagem conversou com dois advogados que representam dois dos réus. Eles disseram esperar mais 10 dias se julgamento. Ou seja, 14 dias de tribunal do júri.

Entre outros motivos: porque, dessa vez, os trabalhos diários têm terminado por volta das 21h. 

No primeiro julgamento, realizado em agosto de 2019 e depois dissolvido, os depoimentos iam até durante as madrugadas. 

São réus o empresário Marcos Gottlieb, proprietário de uma empresa que vinha sendo investigada pelo auditor e apontado como mandante do crime; Fernando Ranea, que seria o executor; e Moacyr Macêdo, que teria aproximado os dois.

Gottilieb está preso preventivamente desde maio de 2019. Ranea foi preso em setembro após ter ficado um mês foragido. 

Outros dois homens foram indiciados no crime, porém um nunca foi localizado e outro morreu durante cumprimento de pena pelo crime de sequestro.

Os réus são acusados pelo crime de homicídio qualificado, e a pena varia de 12 a 30 anos de reclusão.

Sevilha investigava a empresa Gemini, uma importadora de brinquedos, de propriedade de Gottilieb. Segundo a denúncia, a empresa tinha dívidas milionárias com a Receita Federal.

As defesas dizem que os réus são inocentes.

O julgamento é marcado por embates entre a defesa e a acusação. O júri está sendo realizado na sede da Justiça do Trabalho, em Maringá.

 

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