Os acusados Carlos Alberto Dias e Roberto Dias da Silva prestaram depoimento. Além deles, foram ouvidas três testemunhas solicitadas pela assistência de acusação.
Foi a audiência de instrução do caso Jeniffer, realizada no Fórum de Justiça na segunda-feira (02).
Jeniffer Tavares, de 16 anos, foi assassinada em maio do ano passado. Carlos Alberto Dias é acusado de matar a vítima e está preso. O irmão dele, Roberto Dias, segue em liberdade e responde pelo crime de ocultação de cadáver.
Durante o interrogatório, Roberto Dias respondeu a todos os questionamentos. Carlos Alberto Dias não, apenas falou com o juiz responsável e o defensor dele, o advogado Rafael Benassi.
À CBN, Benassi explicou que orientou o réu a não responder os questionamentos do Ministério Público e assistência de acusação porque é um direito constitucional e porque as perguntas poderiam distorcer os fatos. Carlos Dias negou ter praticado estupro e matado Jeniffer.
Agora o processo segue para as alegações finais da acusação. Depois, para as da defesa. Na sequência, o juiz dará a sentença de pronúncia ou não - indicando se o caso vai para o júri popular.
Jeniffer Tavares, de 16 anos, foi encontrada morta no dia 7 de maio de 2019. O corpo dela estava num terreno vazio. Dois irmãos foram denunciados no processo: Carlos Alberto Dias, acusado de violentar, matar e ocultar o corpo de Jeniffer e Roberto Dias acusado de ajudar o irmão a ocultar o corpo.
O exame toxicológico feito no corpo da vítima apontou a presença de álcool e cocaína, mas nenhuma substância entorpecente em Carlos Alberto, contrariando a primeira versão dada, a de que ambos tinham consumido drogas em um motel da cidade e que ela teria morrido de overdose.