Professores temporários das universidades públicas do Paraná querem chamar a atenção do público externo à academia. Como o contrato de parte deles termina neste mês, e o Governo indeferiu o primeiro pedido de renovação de contrato, a medida tomada agora foi a de criar um abaixo-assinado online. A petição foi criada na tarde desta quarta-feira (24).
Na UEM, são cerca de 450 professores temporários ao todo. 104 deles terão o contrato encerrado no dia 31 deste mês.
O abaixo-assinado é uma forma de pedir apoio público, disse a professora Priscilla Santana, temporária da UEM.
A questão dos temporários tem sido uma das principais envolvendo o ensino superior no Paraná. Há pelo menos 20 dias os servidores desse regime estão mobilizados. Em todas as universidades existem grupos debatendo o assunto.
A preocupação é grande. No abaixo-assinado virtual, professores dizem que se não houver renovação de contratos famílias ficarão em situação precária.
A disputa com o Governo do Paraná não tem sido fácil. A UEM solicitou 18 mil horas para renovar os contratos, mas a Comissão de Política Salarial (CPS), grupo ligado à Casa Civil estadual, indeferiu o pedido, alegando falta de informações. A Universidade Estadual de Maringá disse ter enviado tudo o que era necessário.
No começo desta semana, o Governo divulgou que as universidades estaduais gastaram R$ 20 milhões com horas-extras neste ano sem autorização da Comissão. No caso da UEM R$ 7,5 milhões. A instituição rebateu, dizendo que o valor foi utilizado porque há déficit de 913 servidores.
A UEM tem cerca de 4 mil servidores. São 1100 professores efetivos e 450 temporários, além de técnicos.
No Paraná, as universidades estaduais estão em greve.