Setor produtivo não quer pedágio sem garantia de duplicação
Foto: Brenda Caramaschi/CBN Maringá

BR-376

Setor produtivo não quer pedágio sem garantia de duplicação

Economia por Brenda Caramaschi em 10/11/2023 - 13:50

Empresas, cooperativas e entidades da região noroeste participaram na manhã desta sexta-feira (10) do lançamento da Campanha ‘Sem duplicação, pedágio não’, em Maringá. Um levantamento de tráfego contratado pela Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar) aponta que, por dia, passam mais de 8 mil veículos pela BR-376 entre Paranavaí e Nova Londrina. Um fluxo que justifica a duplicação do trecho, diz Socipar.

A campanha ‘Sem duplicação, pedágio não’ foi lançada durante uma audiência pública nesta sexta-feira (10) em Maringá.

A iniciativa é da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar) que bancou um levantamento particular do fluxo de veículos na BR-376, entre Paranavaí e Nova Londrina.

O estudo apontou que passam pela rodovia uma media de 8442 veiculos por dia, segundo levantamento feito em setembro deste ano. A quantidade é muito superior ao do levantamento feito pela Agencia Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) em 2019, que apontava 4689 veiculos por dia passando por ali. O fluxo é maior do que muitos trechos que preveem duplicação.

A BR-376 está incluída no lote 4 das concessões de rodovias do Paraná e deve ir a leilão provavelmente até o final de 2024. A concessão prevê uma praça de pedágio no trecho de 70 km entre Paranavaí e Nova Londrina, mas não tem previsão de duplicação, apenas construção de terceira faixa. Segundo o presidente da Socipar, Demerval Silvestre, a terceira faixa não resolve o problema. [Ouça o audio acima]

Empresários que representam o setor produtivo participaram da audiência pública e concordam que terceira faixa não basta. Afonso Shiozaki, que faz parte do conselho administrativo da cooperativa Cocamar e é vice-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná (Fetranspar), comenta a necessidade da duplicação. [Ouça o audio acima]

Marcelo Liberati é diretor de uma empresa que administra condomínios. Entre Porto Rico e Porto São José são mais de 10 empreendimentos. Ele fala sobre como o crescimento do turismo impactou o aumento no movimento na rodovia. [Ouça o audio acima]

Pedro Faria, chefe da Delegacia da PRF em Maringá, diz que a duplicação é uma questão de segurança, citando o numero de acidentes e mortes. [Ouça o audio acima]

Até lideranças politicas de Mato Grosso do Sul participaram da audiência, porque a rodovia é caminho da safra agrícola produzida no estado vizinho. Otávio Bono, prefeito de Nova Londrinae presidente da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar), explica sobre o impacto da falta de duplicação em outros Estados e detalha os próximos passos da campanha. [Ouça o audio acima]

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