A Secretaria de Mobilidade Urbana de Maringá (Semob), foi alvo, na manhã desta quinta-feira (8), de uma ação de busca e apreensão deflagrada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). Foram sete mandados cumpridos: um na sede da Semob, três em empresas e outros três em residências, sendo uma delas na casa de Gilberto Purpur.
Segundo o Ministério Público, existem indícios de crimes de fraudes em licitação, organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. A investigação partiu de uma denúncia do Observatório Social de Maringá (OSM), em 2019, quando foi levantada uma possível fraude, que direcionou uma licitação, a uma empresa que tem ligação direta com o secretário Gilberto Purpur.
Foram apreendidos, de acordo com o MP, documentos, celulares, € 6 mil e R$ 33 mil.
A ação foi comandada pelo promotor Leonardo Vilhena, da 20° Promotoria de Justiça e teve o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele disse que o próximo passo é a análise de todo o material recolhido durante a operação. {ouça o áudio acima}
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 4ª Vara Criminal de Maringá.
A operação recebeu o nome de Play por se tratar da licitação que envolveu a aquisição de um playground.
A CBN entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá que informou que não foi notificada e tampouco citada na ação.
(Atualização às 18h22): O secretário Gilberto Purpur se manifestou por meio de nota.:
"Sou servidor de carreira da Prefeitura de Maringá há quase 30 anos e ocupei gerências e diretorias nas secretarias de Planejamento e Urbanismo, Serviços Públicos e Transportes, tendo contribuído com diversas gestões. Fui secretário de Transportes em 2008 e, atualmente, ocupo o cargo de secretário de Mobilidade Urbana. Sempre fui comprometido com a ética e a transparência em meu trabalho no serviço público e afirmo que não houve direcionamento ou qualquer outra irregularidade nos processos licitatórios. Todos os questionamentos e dúvidas levantados pelos órgãos de controle foram devidamente esclarecidos sempre que solicitados. Reitero que ao cumprir mandado judicial nesta quinta-feira, o Gaeco não apreendeu qualquer equipamento ou documento na Secretaria de Mobilidade Urbana. Continuo à disposição de quaisquer autoridades, órgãos e instituições, para prestar esclarecimentos."