O 13º salário é um alívio para muitas famílias e uma injeção de ânimo para os comerciantes, já que o impacto econômico desse valor “a mais” circulando no mercado é grande.
Mas como aproveitar melhor esse recurso? A maneira como é feita a administração desse dinheiro vai determinar se o 13º será um respiro nas contas, ou uma dor de cabeça no futuro.
E considerando que o número de paranaenses endividados aumentou, vale ligar o alerta. Segundo pesquisa da Fecomércio e CNC, 95,8% dos paranaenses tinham algum tipo de dívida em outubro deste ano. Esse é o segundo pior indicador da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, iniciada em 2010. O cartão de crédito continuou sendo o vilão das dívidas: 84,1%.
Quando o assunto é 13° salário, a primeira dica dos economistas é sempre quitar as dívidas e pagar as contas fixas para depois pensar em investir em algo a mais, como uma viagem. Foi o que recomendou a colunista do CBN Economia Regional, Juliana Franco. [ouça o áudio acima]
Mas a dica de manter o pé no chão para não estourar o orçamento também é dada pelos analistas comportamentais. Quem tem tendência ao consumismo pode não pensar direito e, de repente, acabou o dinheiro.
Reprogramar os pensamentos é fundamental para não acabar se enrolando em dívidas. Não significa que o recurso não pode ser usado para benefício próprio, mas, de acordo com a psicóloga Elise de Cnop, agir por impulso e exagerar nas compras acabam gerando sentimento de culpa. [ouça o áudio acima]
Em Maringá, o 13º vai injetar mais de R$ 500 milhões neste fim de ano. Mais da metade desse valor é proveniente da iniciativa privada.