Psicóloga mantida em cárcere privado pelo marido é resgatada pela polícia em Goioerê
Foto: arquivo/CBN Maringá

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Psicóloga mantida em cárcere privado pelo marido é resgatada pela polícia em Goioerê

Segurança por Geovan Petry em 21/02/2023 - 14:26

A Polícia Militar de Goioerê, no noroeste do Paraná, atendeu um pedido de socorro de uma mulher que teria sido vítima de cárcere privado, agressões e dopada com remédios. O principal suspeito é o marido dela. O homem, inclusive, não autorizava que ela saísse de casa e fosse trabalhar. 

Uma psicóloga foi resgatada pela Polícia Militar (PM) de Goioerê, no noroeste do Paraná, depois de permanecer por dois dias em cárcere privado. Ela contou que sofria agressões físicas e, sob ameaças do companheiro, era obrigada a ingerir remédios que a deixavam dopada, situação que ocorria com frequência.

Ela enviou uma mensagem por aplicativo a um número privado de um policial e relatou que precisava de ajuda pois sofria agressões, estava trancada e era dopada com remédios pelo homem. 

No texto a mulher alertou que, se um policial aparecesse com farda, o companheiro iria matá-la pois tinha uma arma dentro de casa. Por isso, pediu a presença de uma mulher sem a farda da PM e que, para não levantar suspeitas do agressor, a policial deveria tratar sobre uma consulta com a psicóloga.

Com o pedido de ajuda, a Polícia Militar acionou uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) para fazer as negociações e dos profissionais da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam).

Assim que a vítima viu as equipes, conseguiu sair da casa e foi até os policiais. A partir daí, a Polícia Militar, o Bope e a Rotam entraram na residência e abordaram o homem que foi detido.

Dentro da residência foram encontrados dois canivetes que a mulher disse serem usados para frequentes ameaças e remédios que seriam utilizados para dopar a vítima e um celular.

A mulher foi encaminhada a uma unidade de saúde para a realização de um laudo médico e o homem autuado em flagrante por violência doméstica e cárcere privado. A Polícia Civil investiga o caso.

Abaixo o texto enviado pela vítima ao policial:

“ PRECISO DE AJUDA, NÃO POSSO FALAR MUITO. ESTOU SOFRENDO AGRESSÕES FÍSICAS, ELE ME TRANCA E DOPA. NÃO POSSO TRABALHAR. PORÉM SE APARECER ALGUÉM FARDADO ELE ME MATA, FIZ ELE QUE TEM UMA ARMA DENTRO DE CASA. PODERIA VIR UMA MULHER POLICIAL SEM FARDA E ME CHAMAR. TENHO C MERA ENTÃO O CARRO DA POLICIA NÃO PODE APARECER. NÃO RESPONDA ESSA MSG. ELE ESTÁ SUPER AGRESSIVO. SE ELE DESCONFIAR ELE ME MATA. SOCORRO!, DIGA QUE VEIO CONVERSAR SOBRE UMA CONSULTA”.

O texto está no Boletim de Ocorrência registrado na segunda-feira (20) quando a mulher foi libertada.

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