Nessa terça-feira, com a informação de que o delegado Rodolfo Vieira assumiu o comando da delegacia da Mulher de Maringá, houve repercussão.
O Fórum de Mulheres Maringaenses divulgou uma nota de repúdio. A lei permite que um homem atue como delegado da Mulher. Mas a entidade teme que as vítimas de violência se sintam constrangidas e não denunciem crimes.
O prefeito Ulisses Maia também se posicionou sobre o tema. Nas redes sociais ele disse que “não podemos aceitar que uma delegacia que protege, acolhe e defende mulheres, seja comandada por um homem”.
O prefeito elogiou a competência do delegado Rodolfo Vieira, mas conversou até com o governador sobre o assunto. [ouça o áudio acima]
O delegado Rodolfo foi designado para a delegacia da Mulher porque a única delegada que poderia assumir a função, Karen Nascimento, decidiu permanecer à frente da delegacia que comanda, o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria).
Em nota, a Polícia Civil do Paraná reconheceu a falta histórica de efetivo.
Mas o problema se agravou por causa da pandemia. O concurso público para a contratação de delegados, que seria realizado em julho do ano passado, precisou ser adiado para outubro deste ano. Caso contrário os aprovados já estariam nomeados, diz a nota.
O concurso será dia 3 de outubro e oferece 400 vagas de policiais civis, sendo 50 de delegados.
A nota encerra dizendo que “tão logo o efetivo da Polícia Civil seja reposto, uma delegada deverá ser efetivada na unidade”.
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