Até agora a Secretaria de Saúde de Maringá divulgou nos boletins epidemiológicos as taxas de positividade e a taxa de ocupação de leitos de UTI adulta. Dois indicadores que são levados em consideração para entender o cenário de transmissão do coronavírus.
Mas uma taxa determinante é a taxa R. Ela indica quantas pessoas um paciente infectado pode contaminar. A taxa R tem se mantido igual ou inferior a 1 em Maringá.
Isso significa que um paciente contamina uma pessoa, que contamina outra e o crescimento dos casos fica sob controle, sendo absorvido pelo sistema de saúde.
Mas quando a taxa R é maior do que 1, o crescimento se torna exponencial e foge do controle, explica o infectologista Luiz Jorge Moreira Neto.[ouça no áudio acima]
Nesta segunda-feira, o boletim epidemiológico semanal divulgado pela Prefeitura de Maringá deve conter a taxa R.
A matriz de risco, que até o dia 4 de junho estava baixa, aumentou em poucos dias e chegou a risco alto. Com a taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 60% e a taxa de positividade acima dos 30%, a prefeitura adotou no feriado prolongado um rodízio de atividades.
Outra medida que pode ser adotada quando o risco está alto, é a suspensão de qualquer evento ou atividade que promova aglomeração.
Talvez por isso o prefeito Ulisses Maia tenha dito a seguidores no Twitter e no Facebook que vai tomar providências em relação aos bares.
No fim de semana, o prefeito foi questionado por que fechou algumas atividades e deixou outras funcionando, como os bares, que geraram aglomerações, segundo os internautas.
Para uma seguidora, o prefeito escreveu que está preparando um decreto que irá afetar os bares.