Nos últimos anos, o lago do Parque do Ingá vem sofrendo com a queda no nível das águas. Em 2021, a Prefeitura de Maringá assinou um convênio com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que desde então vem realizando um estudo para levantar as possíveis causas e também soluções para o manejo de águas pluviais da unidade de conservação.
O estudo foi dividido em três etapas. A primeira foi concluída em fevereiro deste ano. A segunda teve seu relatório final entregue nessa segunda-feira (6) e a terceira deverá ser finalizada no dia 20 de setembro. Nesta terça-feira (7), no auditório Hélio Moreira, o corpo técnico da Fadec realizou uma apresentação pública dos resultados obtidos na fase 1 do estudo.
A pesquisa analisou dados sobre o Parque e a formação urbana do entorno desde a década de 1980 e elencou alguns fatores que contribuíram para a queda no nível das águas. A perfuração de poços artesianos no entorno da região tiveram contribuição para o problema mas, diferente do que era apontado, não é o principal fator.
Entre as questões apresentadas, estão a impermeabilização do solo na região e o desvio da água da chuva que era lançada no lago com a construção de dois canais, que cortam o Parque do Ingá, como explica a professora do departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e coordenadora da pesquisa, Cristhiane Okawa. [ouça no áudio acima]
O estudo também apresenta sugestões de soluções de médio e longo prazo. Uma delas é a perfuração de poços de infiltração no entorno do parque. [ouça no áudio acima]
Segundo a diretora-presidente do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), Juliane Kherkoff, os resultados obtidos pela UEM estão dentro do que era esperado. Após a finalização do estudo, as soluções poderão virar ações concretas. [ouça no áudio acima]