O mês de julho está sendo marcado pelo retorno de turmas de estudantes que participaram do programa de intercâmbio Ganhando o Mundo, viabilizado pela Secretaria da Educação do Paraná. Muitos dos estudantes nunca tinham viajado antes para fora do Brasil, nem sem a família. E quando tudo acontece de uma vez, eles passam por uma verdadeira montanha russa de emoções durante o intercâmbio - e também quando ele chega ao fim.
Pensando nisso, a equipe do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão criou um programa que presta apoio psicológico para alunos e familiares chamado “Conte comigo em qualquer latitude”. Nas duas edições anteriores, em virtude do número reduzido de estudantes (13 ao todo), o programa trabalhou com apenas um profissional, o psicólogo Frank Duarte, que conduziu as temáticas propostas, com sessões de psicoterapia online e em grupo com os estudantes intercambistas para ajudar a organizar os focos necessários para que tudo corresse bem durante a viagem. [Ouça o áudio acima]
O resultado do projeto é visível quando se ouve alunos, pais e a comunidade escolar. [Ouça o áudio acima]
Desta vez, foram selecionados 35 estudantes de escolas em 13 dos 16 municípios atendidos pelo NRE convocados para cinco países: Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos e Inglaterra. Sara Romeiro, idealizadora do projeto e técnica pedagógica do Ganhando o Mundo no Núcleo explica que agora mais profissionais estão prestando esse apoio aos intercambistas e aos familiares de maneira voluntária. Ela fez intercâmbio aos 30 anos para o Peru e o irmão dela também é ex-intercambista, que viajou por um programa do Rotary, por isso sabe bem a importância desse acompanhamento psicológico. [Ouça o áudio acima]
Com a proximidade da viagem de quem vai embarcar, são trabalhadas questões relacionadas aos sentimentos e problemas que possam surgir ao longo da experiência. E para quem está voltando, o foco é a felicidade de rever a família e a tristeza de deixar para trás um momento tão especial na vida de cada um e os pais, familiares e amigos têm papel essencial nesse processo para contornar a ansiedade envolvida nesse período. É o que explica Pâmela Moraes Chiqueto, uma das psicólogas voluntárias do projeto. [Ouça o áudio acima]
Maria Clara Mares, de 16 anos , diz que a ansiedade chegou logo que ela se deu conta que havia sido selecionada para ir à Nova Zelândia. [Ouça o áudio acima]
Amanda Garbusz, de 17 anos, mora em Nova Cantu, município com pouco mais de 5 mil habitantes. Ela foi para a Austrália e acabou de chegar de viagem. O retorno ao Brasil foi no domingo (7). As principais dificuldades no início do intercâmbio foram as questões de adaptação. [Ouça o áudio acima]
A preparação para a volta ao Brasil também foi trabalhada durante os encontros. [Ouça o áudio acima]