Pai denuncia negligência médica na morte do filho, em Maringá
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Saúde

Pai denuncia negligência médica na morte do filho, em Maringá

Saúde por Jota Júnior/GMC Online em 27/09/2022 - 15:23

Fabio Macena de Lima, tinha 35 anos, e morreu, no último dia 08 de setembro, de insuficiência respiratório na UPA Zona Sul de Maringá. Ele era acompanhado pelo pai, Antônio Macena Lima, que procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência, denunciando suposta negligência no atendimento médico.

Antônio contou que o filho se recuperava de uma cirurgia de cateterismo que tinha sido submetido, em agosto, e passou mal em casa. O rapaz apresentava dificuldade para respirar e foi levado pelo SAMU a Unidade de Pronto Atendimento Zona Sul de Maringá.

"O enfermeiro chefe disse que a situação do meu filho não era de emergência e deixou a gente no corredor", explicou Antônio.

Ainda segundo o relato do pai, a situação de Fábio se agravou e, mesmo assim, ele foi mantido na fila de espera: "Ele reclamava que 'tava' morrendo. Eu pingava água na boca dele e abanava com um pano, para aliviar a falta de ar".

No boletim de ocorrência, o pai descreveu que o tempo de espera foi de 4 horas e que a equipe só o encaminhou para atendimento quando Fábio perdeu a consciência. A notícia da morte veio depois.

O pai também denuncia que procurou a secretaria de saúde para pegar o prontuário médico do filho, mas foi informado que nao havia nenhum atendimento registrado. Segundo ele, todas as consultas e encaminhamentos para o procedimento cirúrgico foram feitos pelo SUS.

Em nota, a prefeitura de Maringá lamentou a morte. Disse que Fabio sofria de uma condição cardíaca congênita e muito grave. Que, segundo o histórico médico, ele já não estava respondendo bem aos médicos e solidarizou com família se colocando a disposição.

Nota da prefeitura na íntegra.
"A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, lamenta o falecimento do paciente Fábio Macena de Lima, de 35 anos, ocorrido no dia 9 deste mês, e se solidariza com familiares e amigos. Segundo o histórico médico, o paciente sofria de uma condição cardíaca congênita e muito grave, fazia uso de medicamentos e já se mostrava refratário (que reage pouco ou não reage à medicação). Por conta dessa doença, ele passou por uma cirurgia vascular em agosto e foi atendido em outras oportunidades na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul. Em sua última internação, o paciente chegou à UPA trazido pelo Samu e foi imediatamente levado à emergência, onde foi atendido prontamente pela equipe de saúde de plantão. Todas as medidas possíveis para reverter o quadro apresentado pelo paciente foram tomadas, durante todo o período em que ele esteve na unidade, mas infelizmente sem sucesso. O prontuário médico, solicitado na última semana, está à disposição da família".

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