Há dois meses o empresário Carlos Klayn tem tido um problema recorrente: sujeira no quintal da casa dele causada pela fuligem da queima de cana-de-açúcar, levada pelo vento. Ele é morador de Astorga, cidade que fica a 48 quilômetros de Maringá. Nesta semana, ele entrou em contato com a CBN pedindo ajuda. Klayn, os vizinhos e outros moradores estão cada vez mais revoltados com o que consideram ser um problema E aí, segundo ele, tentam contato com a Prefeitura Municipal, mas sem resposta.
Astorga é a sede de uma cooperativa que, entre outros serviços, atua com cana-de-açúcar. Conforme o ouvinte, a fuligem se espalha num raio de pelo menos 10 quilômetros.
O empresário disse que isso resulta em sujeira e desconforto para respirar. [ouça no áudio acima]
A CBN entrou em contato com a Prefeitura de Astorga. Uma servidora do setor agrícola disse que tem havido conversas com a cooperativa, mas que não é possível fazer nada porque um decreto estadual de 2014 autoriza a queimada. Essa norma exige que até 2025 o fogo não seja utilizado. A servidora também informou que foi decidido que fazer a queimada durante a noite seria melhor, já que durante o dia poderia prejudicar a visibilidade na rodovia.
A reportagem entrou em contato com a Cooperativa Nova Produtiva. O responsável pelo assunto disse saber das reclamações e afirmou que irá falar com a reportagem na tarde desta quinta-feira (05).
O ouvinte Carlos Klayn disse que gostaria que houvesse um estudo para controlar a fuligem e que não acontecessem mais queimadas.