A operação “Rota da Borracha”, da Receita Federal, foi deflagrada na manhã desta terça-feira (27) e ainda está em andamento. A meta é coibir o descaminho de pneus de veículos de carga na região de Maringá. As investigações indicam que pelo menos 12 empresas da cidade e região fariam a encomenda, o pagamento e a revenda de pneus provenientes do Paraguai, sem o pagamento dos impostos devidos, como explica o delegado da Receita Federal de Maringá, Marcos Wanderley de Souza. [ouça o áudio acima]
Além das denúncias, a própria Receita Federal apreendeu várias carretas vindas da região de fronteira com o Paraguai com pneus novos instalados. Chegou-se a apreender carretas rodando com 22 pneus novos sem qualquer documentação que comprovasse a entrada regular no País.
Segundo as investigações, empresas transportadoras e motoristas autônomos realizariam fretes da região de Sete Quedas (MS) até Maringá cobrando valores muito abaixo do preço de mercado, para transportar os pneus novos que vinham instalados nos veículos de carga. E depois, os pneus seriam retirados das carretas e vendidos para os estabelecimentos que são objeto da operação da Receita, e estes estabelecimentos revenderiam os pneus a preços inferiores aos praticados pelo mercado.
A atividade criminosa teria sido responsável pelo fechamento de diversos postos de trabalho e até mesmo pela falência de empresas revendedoras de pneus que realizavam as atividades de forma legal e as transportadoras idôneas não estariam conseguindo contratar fretes a preços justos do Mato Grosso do Sul até Maringá devido à competição desleal. [ouça o áudio acima]
As pessoas envolvidas devem responder pelos crimes de descaminho e formação de quadrilha. Em uma única loja, mais de 30 pneus sem procedência foram apreendidos pela Receita. O total de apreensões e pessoas envolvidas deve ser divulgado até o início da tarde pela Receita Federal.
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