Operação cumpre mandados na região por golpe de falsos investimentos na bolsa de valores
Foto: Polícia Federal/Guaíra/divulgação

Pirâmide

Operação cumpre mandados na região por golpe de falsos investimentos na bolsa de valores

Segurança por Letícia Tristão em 28/07/2022 - 08:29

O grupo criminoso é suspeito de ter captado mais de R$ 200 milhões no sistema conhecido como pirâmide financeira. A chefe da organização tinha uma sede administrativa física em Umuarama

Mais de setenta policiais da Polícia Federal e dezenas de servidores da Receita Federal estão nas ruas para cumprir mandados de busca e apreensão em cidades do Paraná e São Paulo.

É a Operação Traders, deflagrada nesta quinta-feira (28), que investiga golpes financeiros de falsos investimentos na Bolsa de Valores. As operações eram feitas por meio de, pelo menos, 22 empresas não autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado. Algumas pessoas chegaram a cair no golpe investindo mais de milhão de reais. Os valores eram depositados diretamente nas contas das empresas investigadas.

De acordo com a Polícia Federal, os investigados se apresentavam como “Traders” para captar economias de vítimas que seriam investidores, com o pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários. Além de não aplicar os valores integrais na bolsa de valores, o que era aplicado normalmente resultava em prejuízo, como explica o delegado da Receita Federal de Guaíra, Rafael Favreto Machado. [ouça o áudio acima]

São 17 mandados judiciais sendo cumpridos em Umuarama, Guaíra, Douradina, Foz do Iguaçu e Curitiba, no Paraná e em Taboão da Serra/SP. Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o sequestro de automóveis, imóveis e criptoativos.

A organização operava também nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Com o tempo, o esquema passava a não funcionar e com isso, segundo a PF, a chefe do esquema, moradora de Umuarama, no Paraná, passou a apresentar às vítimas um novo negócio. O de migração de operações em bolsa de valores para criação de um banco digital. Estima-se que a organização criminosa captou mais de R$ 200 milhões e fez milhares de vítimas. [ouça o áudio acima]

A investigação começou em 2021, a partir da identificação das primeiras filiais das empresas de operação em bolsa de valores em pequenas cidades da fronteira do Paraná com o Paraguai, como Guaíra, Douradina e Umuarama.

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