O perfil dos eleitos e das eleições

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O perfil dos eleitos e das eleições

Podcast por Reginaldo Dias em 12/11/2020 - 11:01

O História das Eleições é apresentado pelo professor e historiador Reginaldo Dias.

Ouça o 39º episódio:

Olá, pessoal. Depois de narrar a história de cada uma das eleições municipais, vou sistematizar alguns dados que indicam o perfil dos eleitos e das eleições.


Trata-se apenas da sistematização de dados a respeito do passado, sem qualquer pretensão de projetar o que pode acontecer no próximo domingo. Essa história ainda vai ser escrita pelo voto de cada um de nós.


Os eleitos aos cargos de prefeito e vice-prefeito tiveram o perfil exclusivamente masculino. Até 2016, nenhuma mulher foi eleita aos cargos executivos, prefeita ou vice-prefeita. O exame da série histórica indica que foram poucas as candidatas a esses cargos. A primeira incidência ocorreu em 1982, quando a advogada Izaura Gonçalves foi candidata a vice-prefeita. Somente em 2000, houve mulheres candidatas ao cargo principal, Cida Barros e Inês Leal de Castro. Ao todo, até 2016, tivemos cinco mulheres disputando o cargo de prefeita.


Qual era a formação profissional dos eleitos ao cargo de prefeito? Entre os trezes homens eleitos ao cargo, constata-se que 5 tinham formação em Direito (JP, Adriano Valente, José Claudio, Carlos Roberto Pupin e Ulisses Maia), dois eram médicos (Luiz de Carvalho e Said Ferreira) e dois eram engenheiros (Ricardo Barros e Silvio Barros II). Os demais podem ser definidos genericamente como empresários (Inocente Vilanova, Américo Ferraz, Silvio Barros e Jairo Gianoto).


A faixa etária predominante na eleição ao primeiro mandato gira ao redor de 45 anos, um pouco mais, um pouco menos: Luiz de Carvalho, Adriano Valente, Silvio Barros, Said Ferreira, Jairo Gianoto, José Claudio, Silvio Barros II, Ulisses Maia.


Depois da consolidação do município, foram poucos os casos de alguém que se elegeu prefeito já na primeira tentativa. As exceções são Ricardo Barros e Jairo Gianoto. A maioria se elegeu na segunda tentativa: Adriano Valente, Said Ferreira, José Claudio, Silvio Barros II, Ulisses Maia.


As eleições costumam ser muito competitivas. No somatório geral, especialmente nas três últimas décadas, houve poucas eleições com favoritismo exercido de ponta a ponta. Isso aconteceu em 1992, quando Said foi reconduzido ao cargo de prefeito, e em 2008, quando Silvio Barros II foi reeleito no primeiro turno.


Em contrapartida, tivemos desfecho com reviravolta em 1988, em 1996, em 2000, em 2004 e em 2016. Em 2012, houve disputa polarizada. Desde a introdução da regra dos dois turnos, nas duas primeiras edições, houve disputa, palmo a palmo, pelas vagas ao turno final entre três candidatos. Em duas das quatro vezes em que a eleição foi ao segundo turno, houve reviravolta no turno final, ou seja, quem chegou em segundo lugar na fase inicial ganhou o segundo e decisivo turno.


Esses são alguns dados que ilustram um pouco a tradição eleitoral da nossa cidade. Um capítulo novo está sendo escrito por todos nós. Todos às urnas, pois domingo é dia de fazer história.
É isso, pessoal, aqui é o Reginaldo Dias, encerrando a série História das eleições em Maringá, na CBN.

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