Atualização
Novos dados mostram o perfil dos infectados por covid-19 em Maringá
Saúde por Monique Manganaro/GMC Online em 12/05/2020 - 11:34A Prefeitura de Maringá divulgou novos dados sobre as infecções por coronavírus na cidade. As informações, registradas até sexta-feira passada, 8, mostram a evolução da doença no município e o perfil dos moradores infectados. Até esta data, 110 pessoas testaram positivo para Covid-19 em Maringá.
Em uma avaliação a nível estadual, a 15ª Regional de Saúde - pertencente a Maringá -, até o dia 5 deste mês, tinha um coeficiente de incidência de 109 para um milhão de habitantes. Esse número colocava a regional na nona posição entre as 22 avaliadas.
De acordo com o documento, entre 26 de fevereiro e 8 de maio, Maringá totalizou 2.762 notificações por causa de casos suspeitos de Covid-19. Dessas, 2.337 pessoas já passaram pelo período de monitoramento de isolamento domiciliar e foram liberadas. Isso representa 85% do total de notificações.
As áreas centrais da cidade continuam com a maior concentração de casos positivos de coronavírus. No entanto, o boletim mostra que foi observado um aumento de casos nas áreas norte e sul da cidade, além de bairros próximos aos limites do perímetro urbano.
Os estudos feitos no município mostram, ainda, que a maior parte de casos confirmados da doença é de pessoas do sexo masculino. São 57% de homens infectados, contra 43% de mulheres. A maioria dos pacientes têm entre 50 e 59 anos (24%), seguido da faixa etária entre 30 a 39 anos (22%). Os infectados com 40 a 49 anos são 21% do total e os acima de 60 anos correspondem a 20% dos casos.
Entre os pacientes diagnosticados com coronavírus, 28% tinham comorbidades, segundo a Prefeitura de Maringá. Predominantemente, eram doenças cardiovasculares e metabólicas, como diabetes.
Os dados do boletim epidemiológico revelaram que profissionais da área administrativa são os mais atingidos pelo novo coronavírus em Maringá: eram 17 pessoas infectadas até sexta, o equivalente a 15% de todos os casos. Empresários e comerciantes ocupam o segundo lugar, com 16 pessoas infectadas. Logo em seguida vêm os profissionais da saúde, com 14 pacientes.
Além disso, 10 aposentados testaram positivo para a doença, oito vendedores, sete motoristas, cinco professores e cinco estudantes.
Por fim, o boletim semanal mostrou a taxa de transmissão efetiva da Covid-19 na cidade, a partir de estudos feitos por especialistas. Segundo a prefeitura, os epidemiologistas usam uma medida chamada de taxa de transmissão basal (R0), que avalia quantas pessoas são infectadas por um único doente.
Conforme o documento, se o R0 for 2, uma pessoa infecta, em média, outras duas. Se o R0 for de 5, uma pessoa infecta outras 5. “A mudança da taxa ao longo da epidemia é chamada de taxa de transmissão efetiva ou R(t). Esta taxa sobe quando o controle está ruim e cai quando o controle do surto está funcionando bem. Se a taxa fica abaixo de 1 a doença tende a se reduzir até desaparecer”, explica o boletim.
A partir desses números, a análise preliminar da taxa de transmissão efetiva em Maringá mostrou uma queda em relação ao período inicial para valores próximos de 1, o que pode indicar um melhor controle da epidemia na cidade. Atualmente, uma pessoa infectada no município pode contaminar outras duas, em média.
O documento ressalta que, para que haja redução efetiva no número de casos, é necessário que essa taxa fique abaixo de 1. Por isso, as recomendações de isolamento social, cuidados com higiene e uso de máscara precisam continuar sendo adotadas pela população.
O estudo foi desenvolvido pela Secretaria de Saúde de Maringá em parceria com alunos e professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e de um um professor da Unicesumar.
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