Maringá registra mais de 5,8 mil casos de virose em 2025
Diego Casagrande

Secretaria de Saúde

Maringá registra mais de 5,8 mil casos de virose em 2025

Saúde por Portal GMC Online em 17/03/2025 - 14:16

De janeiro até a primeira semana de março deste ano, mais de 5,8 mil maringaenses precisaram buscar atendimento médico por apresentarem sintomas como vômito e diarreia, comumente chamados de “viroses”.

Os dados apurados pela Secretaria de Saúde do município, se referem aos atendimentos feitos em toda a rede da cidade, incluindo hospitais públicos, privados e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Em janeiro, foi registrada uma média de 680 atendimentos por semana, já em fevereiro foram 600. Na primeira semana de março, o número foi para 708, um leve aumento em relação à média dos dois meses anteriores.

A infectologista Dra. Ana Cristina Gurgel explica que o termo “virose” apesar de popularmente se referir a quadros de diarreia, vômito e febre, não é o mais adequado. “É um termo pouco específico porque acaba englobando um grupo de inúmeras doenças causadas por vírus, que vão desde infecções respiratórias, até doenças mais graves como o HIV”, explica.  [ouça o áudio]

No entanto, segundo a médica, nos últimos quadros epidemiológicos há prevalência de infecções gastrointestinais que causam justamente sintomas como diarreia, vômito e febre. “Os sintomas vão estar relacionados de acordo com o vírus envolvido. Se for vírus respiratório, os sintomas são coriza (nariz escorrendo) e tosse e se o foco for gastrointestinal, diarreia, dor abdominal e vômito”, explica.[ouça o áudio]

Em relação às faixas etárias mais suscetíveis, a médica afirma que todos estão sujeitos aos vírus, porém os mais predispostos precisam de atenção redobrada tanto na prevenção, quanto no tratamento. “A gente sempre tem que levar em consideração os mais vulneráveis, que são aqueles que têm comorbidades, ou seja, pacientes diabéticos, com imunossupressão, em tratamento oncológico, paciente com AIDS, além de crianças, bebês e maiores de 60 anos que também exigem um olhar diferenciado”, diz. [ouça o áudio]

Tratamento

Apesar dos quadros de diarreia e vômito serem auto-limitados, que quer dizer que exigem um tempo específico independente da medicação utilizada, há remédios que conseguem antecipar a melhora. “Nos casos de Covid, Influenza e Rotavírus existem antivirais e medicações específicas, já para outros tantos de vírus (como exemplo o resfriado), é feito apenas o tratamento dos sintomas, com medicamentos para dor, febre e vômito, por exemplo”, afirma.

Prevenção

Nos casos de infecção gastrointestinal, a prevenção deve ser feita por meio da correta higienização das mãos, uma vez que trata-se de um acometimento predominantemente fecal/oral, quando a transmissão acontece por meio do contato das mãos. Já nos quadros respiratórios, a orientação é manter a etiqueta da tosse, do espirro, a higienização de mãos e o uso de máscaras. Em ambos os casos, o isolamento é importante para evitar a transmissão, principalmente entre crianças em idade escolar. Além disso, é fundamental estar com o calendário vacinal em dia. “A prevenção, principalmente em relação às viroses respiratórias e alguns vírus gastrointestinais, se dá por meio das vacinas. Então é importante checar o esquema vacinal e fazer as doses de reforço”, diz.

Veja a abaixo o número de atendimentos com sintomas de diarreia e vômito em Maringá:

 JANEIRO

 Semana 1: 555

Semana 2: 849

Semana 3: 706

Semana 4: 610

FEVEREIRO

Semana 1: 521 

Semana 2: 558 

Semana 3: 589 

Semana 4: 735 

MARÇO 

Semana 1: 708

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