A ação envolve a capacitação de agentes comunitários de saúde para busca ativa de mulheres que não procuraram as unidades para realização de preventivo nos últimos 4 anos. A pesquisa pretende comparar as duas modalidades de rastreabilidade do câncer de colo de útero: o preventivo, realizado por um profissional na unidade de saúde, e a autocoleta, que pode ser realizada pela própria mulher em casa, de forma parecida com os autoexames de Covid-19.
Hoje, o preventivo, também conhecido como Papanicolau, é a única forma de diagnóstico por meio do Sistema Único de Saúde. O objetivo da pesquisa é comparar o custo-efetividade entre as duas modalidades de rastreio e verificar se a autocoleta pode ser incluída na política nacional de saúde.
A pesquisa será nas regiões das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Parigot de Souza e Requião e as mulheres serão separadas em dois grupos com 160 pacientes cada. O público-alvo são pacientes de 25 a 64 anos que não realizaram exame há quatro anos ou mais ou nunca realizaram.
O grupo da UBS Requião será submetido a autocoleta e o da UBS Parigot de Souza realizará o preventivo. Para chegar até as pacientes, agentes comunitárias de saúde participam de treinamento para compreender a abordagem e oferecer o exame.
A professora da UEM e coordenadora do projeto em Maringá, Márcia Consolaro, explica que muitas mulheres não realizam o preventivo devido à vergonha, medo ou desconforto. [ouça o áudio acima]
Além de Maringá, na região Sul, a pesquisa é desenvolvida por outras instituições de ensino superior em Ouro Preto (MG), na região Sudeste; Goiânia (GO), no Centro-Oeste; Natal (RN), no Nordeste; e em Manaus (AM), na região Norte. Em Maringá, a capacitação dos agentes comunitários de saúde começou nesta segunda-feira, 4,e segue até quinta, dia 7 de dezembro. Já a busca ativa das pacientes nas regiões das UBSs Requião e Parigot de Souza deve começar em 11 de dezembro.
Quer enviar sugestão, comentário, foto ou vídeo para a CBN Maringá? Faça contato pelo WhatsApp (44) 99877 9550