Jurado passa mal e julgamento é dissolvido pela segunda vez
Foto: Justiça Federal

Caso Sevilha

Jurado passa mal e julgamento é dissolvido pela segunda vez

Segurança por Luciana Peña em 08/03/2020 - 14:00

Nesse domingo (8), o julgamento dos acusados pela morte do auditor fiscal José Antônio Sevilha foi dissolvido por causa das condições de saúde de um jurado. O novo julgamento foi marcado para o dia 5 de maio e vai começar do zero.

Família de auditor espera há 15 anos por uma decisão.  E está revivendo o drama a cada julgamento. O primeiro foi em agosto do ano passado e também foi dissolvido

Após cinco dias, nesse domingo o júri popular dos acusados pelo morte do auditor fiscal José Antônio Sevilha foi dissolvido. 

A decisão foi tomada pelo juiz federal Cristiano Manfrim depois que um médico constatou que um dos jurados não tinha condições de saúde para prosseguir com o julgamento.

O julgamento começou no dia 3 de março e durava praticamente doze horas por dia. Os jurados passavam as noites num hotel, incomunicáveis.

A Justiça Federal não informou o que exatamente tem o jurado. Mas comunicou que foi marcada uma nova data para o júri: 5 de maio. E o sorteio dos novos jurados será em abril.

Sevilha foi assassinado em 2005. Segundo o Ministério Público a mando do empresário Marcos Gottlieb, dono na época de uma das maiores importadoras de brinquedos do país.

A empresa dele tinha sido multada em R$ 100 mi por sonegação fiscal. Sevilha era o chefe do setor aduaneiro  da Receita Federal.

 A família espera por uma resposta há quase 15 anos. No ano passado, o primeiro julgamento foi dissolvido após seis dias porque  a defesa abandonou o plenário. 

 A viúva de Sevilha, que foi ouvida durante mais de 12 horas tanto no primeiro, quanto neste segundo júri, terá que reviver o drama mais uma vez em maio. Segundo o auditor fiscal Hércules Maia, um pesadelo sem fim.

Além do empresário acusado de ser o mandante do crime, estão sendo julgados outros dois homens, um deles acusado de ser o executor e Moacyr Macedo apontado com o intermediário que apresentou o executor ao mandante. 

O advogado dele, Conrado de Almeida Prado diz que a defesa lamenta a dissolução do júri.

A CBN não conseguiu falar com a defesa dos outros acusados e nem com o Ministério Público Federal. 

A Justiça Federal  informou que ninguém vai falar com a imprensa. Apenas um comunicado informando a nova data e o motivo da dissolução foi divulgado.

Atualizado às 15h35 de 09.03- Não há risco de prescrição do crime, de acordo com advogados consultados pela CBN e que estão acompanhando o caso.  

 

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