O agronegócio foi fundamental para a criação e, em seguida, para o desenvolvimento de Maringá. Antes mesmo de a cidade ser oficialmente fundada, as áreas onde seriam o município já eram ocupadas por plantações e famílias que se mudavam para o norte do Paraná buscando novas oportunidades.
Para comentar a importância do agronegócio para a existência do município, o sexto episódio do podcast “Linha do Tempo”, projeto do Grupo Maringá de Comunicação (GMC) para celebrar os 75 anos da Cidade Canção, reuniu convidados que experienciam o agro em diferentes vertentes.
Iniciando a conversa, a jornalista Brenda Caramaschi questionou o pesquisador Rogério Recco sobre a agricultura que precedeu a fundação de Maringá. O município, apesar de ter vivido um período curto da cafeicultura, beneficiou-se desse tipo de plantio para o próprio desenvolvimento. “Maringá foi fundada em 1947, e a venda de lotes, urbanos e rurais, atraiu gente para cá. Lotes urbanos porque a cidade explodiu, eram lotes baratos e as pessoas queriam comprar, queriam vir para o Paraná. E também se falava muito que o Paraná era o novo ‘Eldorado’, era a terra da promissão, onde o dinheiro dava em árvore ou você pegava com o rastelo, porque se plantava café. Então, a Companhia de Terras do Norte do Paraná incentivou a venda da terra atrelada ao plantio de café. Maringá surgiu em 1947 como fruto desse trabalho da companhia e as pessoas vinham para cá com o objetivo de plantar café e enriquecer, ou então ter a sua atividade comercial na cidade”, destacou Rogério Recco.
O plantio de café nas terras maringaenses se estendeu por alguns anos até que uma forte geada, registrada em 1975, arrasou plantações inteiras e afetou intensamente a economia do recém-criado município. Toda a população que migrou para o norte do Paraná para trabalhar com o cultivo de café se viu sem uma fonte de renda da noite para o dia e muitos decidiram abandonar o local para buscar novas oportunidades. Maringá, então, sentiu o número de habitantes diminuir e parte da vida urbana se desenvolver nesse período.
O agronegócio, contudo, não perdeu toda a força e, novamente, colaborou para a reestruturação do município anos mais tarde. Para Recco, neste período, a mecanização da agricultura foi ponto chave para que trabalhos pudessem ser retomados e a economia voltasse a girar.
“Apesar da falta de experiência, aos poucos, isso foi se consolidando e Maringá ainda hoje é uma cidade que tem um perfil muito agrícola e isso consolidou a economia da região, que hoje é uma economia diversificada, mas ainda essencialmente agrícola”, considerou Recco.
Ao longo do episódio, os convidados também destacaram a importância do cooperativismo para alavancar a agricultura na região e tornar o agronegócio uma das principais bases da economia do município, até os dias de hoje. O bate-papo ainda recebeu a contribuição da presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo, e do repórter fotográfico Ivan Amorim.
O episódio do podcast Linha do Tempo que trata sobre o agronegócio em Maringá é o sexto capítulo da caminhada pela história da cidade. No primeiro episódio foi possível acompanhar a trajetória da Universidade Estadual de Maringá (UEM). No segundo, o podcast relembrou a história da comunicação em Maringá e, no terceiro, o desenvolvimento do comércio maringaense esteve em pauta. No quarto encontro, os convidados falaram sobre a arborização de Maringá e a história do Parque do Ingá e, no quinto, a catedral maringaense foi o centro da discussão.
Sobre o podcast
O podcast “Linha do Tempo” é um dos produtos criados para celebrar a história de Maringá enquanto o município comemora 75 anos de existência. Durante todo o mês de maio e junho, o Grupo Maringá de Comunicação vai relembrar antigas memórias e lançar um olhar sobre o presente e o futuro da Cidade Canção em um projeto que abrange diferentes mídias e formatos.
O podcast, que fará um mergulho na história de Maringá por diferentes ângulos ao longo de 10 episódios, pode ser assistido no canal do Youtube do Portal GMC Online e da Maringá FM ou ouvido nas principais plataformas de streaming, como Deezer e Spotify.
Além disso, o projeto Linha do Tempo também contempla um passeio físico, no coração de Maringá. 75 banners com fotos antigas de fatos que marcaram a história maringaense foram espalhados pelo Parque do Ingá, um dos maiores símbolos do município. Além de contemplar as fotos, os visitantes podem tornar a viagem ao passado ainda mais imersiva, mergulhando em reportagens especiais do Portal GMC Online. Basta apontar o celular para o QR Code estampado no banner para ser direcionado a uma página com as matérias alusivas ao aniversário de Maringá.
A Linha do Tempo – Maringá 75 anos tem apoio cultural de Prefeitura de Maringá; Copel – Governo do Paraná; Usina Santa Terezinha e Grupo Maringá de Comunicação.
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