O projeto de lei dos vereadores Sidnei Telles e Mário Hossokawa, que autoriza a construção de prédios mais altos em Maringá, nem chegou ao plenário, mas está provocando polêmica.
O projeto permite a construção de prédios até 699 metros acima do nível do mar. Em termos de andares, serão 16 a mais, dependendo da região da cidade em que o edifício for construído, se em áreas altas, ou baixadas.
O Instituto de Arquitetos do Brasil, núcleo Maringá, enviou um ofício à Câmara Municipal pedindo o arquivamento da proposta de lei e promoveu um debate entre especialistas e os autores do projeto.
A entidade alega que não se posiciona contra a lei, mas defende que uma proposta como essa seja submetida à discussão dentro da revisão do Plano Diretor, que está em andamento.
A arquiteta Tânia Verri Galvão, integrante do IAB, diz que a sociedade precisa participar do debate.
Prédios mais altos podem gerar consequências na paisagem urbana, no dia a dia das pessoas e até na relevância de símbolos arquitetônicos locais que formam a identidade de Maringá. [ouça o áudio acima]
O vereador Sidnei Telles disse que a lei apenas regulamenta a construção de acordo com a determinação da Agência Nacional de Aviação Civil, para garantir a segurança aérea.
O debate, segundo o vereador, recai sobre a verticalização da cidade. Ele diz que a lei estimula a verticalização, mas sem aumentar a área construída, ou seja, o prédio mais alto será também mais fino e haverá áreas verdes e de lazer entre os edifícios. [ouça o áudio acima]
O debate promovido pelo IAB está disponível no Youtube. Basta procurar por: “conversas sobre a cidade – legislação e verticalização”