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Hospital de Goioerê inicia tratamento inédito contra a Covid-19 no Paraná
Saúde por Fabio Guillen/GMC Online em 18/08/2020 - 18:07A Santa Casa de Goioerê vai iniciar nos próximos dias um tratamento inédito em hospitais do Paraná contra o novo coronavírus. É a terapia com plasma convalescente contra a Covid-19, método que em alguns hospitais pelo mundo reduziu em até 50% os índices de mortalidade de pacientes graves da doença.
O tratamento é feito em pacientes que estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não apresentam melhora no quadro respiratório. O médico Jackson Erasmo Fuck vai coordenar os trabalhos. Ele disse que o tratamento começa nos próximos dias e que vão contar com a ajuda do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar).
“Estamos para receber o plasma que o Hemepar vai nos fornecer para começarmos os trabalhos. É uma terapia considerada experimental, mas tudo indica que são bons os resultados. Tem menos de 1% de risco de reações maiores, mas as chances de resultados são enormes”, explicou o médico.
Jackson Erasmo explicou que o método plasma convalescente já foi usado no combate à outras doenças, inclusive a gripe espanhola. No tratamento, os médicos utilizam a parte líquida do sangue, chamada de plasma, de um doador, que nesse caso recuperado da covid-19. Esse material é transferido para o paciente e a ideia é que o plasma do paciente curado, que está cheio de anticorpos da covid-19, ajude o sistema imunológico do paciente da UTI a combater a doença.
“É feita toda uma avaliação nos pacientes. Vários hospitais do Brasil estão usando o tratamento como o Albert Einstein, em São Paulo. A gente vai usar mais essa ferramenta para ver quais resultados conseguimos. Em algumas regiões a mortalidade caiu de 40% para 17% já nas primeiras semanas e os riscos para os pacientes são baixos. Existem, como qualquer medicamento, mas são baixos”, esclareceu Jackson Erasmo Fuck.
No Paraná, não se tem notícias de outros hospitais que tenham aplicado esse método de tratamento. Mas, pelo Brasil, existem outros hospitais que já usam o tratamento com plasma convalescente e alegam que conseguiram resultados positivos.
Em recente entrevista à CNN Brasil, o diretor do Instituto Estadual do Cérebro, disse que o método pode ajudar a reduzir em quase 50% a mortalidade de pacientes graves da doença.
Em Maringá, hospitais observam o tratamento
Hospitais de Maringá estão observando esse método de tratamento, que apresentou resultados positivos em algumas regiões, e não descartam a possibilidade de adesão na cidade.
A reportagem consultou vários hospitais e todos responderam que o tratamento com plasma convalescente é, teoricamente, uma possibilidade muito interessante. Por enquanto, nenhum hospital da cidade utiliza esse método de tratamento.
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