Homem que caiu em golpe do consórcio chora na delegacia de Maringá: ‘Perdi tudo’
Foto: Divulgação Polícia Civil

Investigação

Homem que caiu em golpe do consórcio chora na delegacia de Maringá: ‘Perdi tudo’

Segurança por Fabio Guillen/GMC Online em 16/07/2021 - 16:07

Um homem, de 30 anos, chorou na Delegacia de Estelionato de Maringá na manhã desta sexta-feira (16), ao descobrir que realmente havia caído no golpe do consórcio, que fez dezenas de vítimas em Maringá. Douglas Silva ficou bastante emocionado ao descobrir que várias outras pessoas também caíram no golpe dos criminosos. Ele teme que nunca mais receba o dinheiro que deu de entrada para comprar uma casa. 

“Eu dei R$ 20 mil pra eles, um dinheiro que juntei minha vida toda. Era a entrada da minha casa. Vim de São Paulo para comprar a casa aqui que era mais barato e fui enganado. Perdi tudo. É desesperador. Não sei o que vou fazer da vida mais. Eu só quero justiça, precisamos de justiça. Eles precisam pagar pelo crime e devolver nosso dinheiro”, disse Silva emocionado. 

Na manhã desta sexta-feira (16), pelo menos 10 novas vítimas procuraram a Delegacia de Estelionato de Maringá e registraram boletim de ocorrência. Todas deram dinheiro de entrada para a quadrilha achando que estavam comprando uma carta contemplada de um imóvel. De acordo com o delegado que investiga o caso, Fernando Garbelini, a investigação continua. 

“Pedimos para todos que tiveram prejuízo que procure a delegacia imediatamente com as documentações. Vamos continuar investigando e tentar rastrear para onde foi esse dinheiro tirado das vítimas”, explicou Garbelini. 

Entenda o golpe

Uma mulher, de 48 anos, as duas filhas, de 22 e 26 anos, e o filho, de 20 anos, foram presos na última quarta-feira (14) por suspeita de praticarem um golpe milionário em moradores de Maringá. O grupo vendia cartas de consórcio falsas. 

As vítimas compraram cartas de consórcio, deram entrada, mas nunca foram incluídas em nenhum grupo e cota. O valor da carta de crédito era o mesmo praticado pelo mercado e isso não gerava desconfiança nas vítimas. A família tinha uma loja física na Avenida Tamandaré, de acordo com a polícia.

Segundo o delegado que investiga o caso, Fernando Garbelini, a família fazia anúncios nas redes sociais oferecendo as cartas de consórcio contempladas, mas eram todas falsas porque os clientes pagavam e não recebiam o crédito. Na casa da família foram apreendidos quatro veículos. A reportagem está tentando falar com a defesa dos suspeitos que estão presos na delegacia de Maringá.

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