Pandemia
Governo do Paraná anuncia novas medidas de combate à Covid-19 nesta sexta-feira (26)
Paraná por Monique Manganaro/GMC Online em 26/02/2021 - 10:07Diante do que já é considerado o pior momento da pandemia de coronavírus no Paraná, o governo estadual informou que deve anunciar novas medidas de enfrentamento à Covid-19 nesta sexta-feira (26). A partir das 11h, o governador Carlos Massa Ratinho Junior, junto ao secretário estadual da Saúde, Beto Preto, deve apresentar um panorama da pandemia no Paraná e divulgar um “pacote de medidas mais duro”.
O crescente número de casos, internações e mortes nas diferentes regiões paranaenses acendeu alerta nesta semana. Com hospitais lotados e filas de espera em UTIs, há risco de colapso no sistema de saúde do estado. “Além disso, há muitos jovens sendo internados, o que antes não ocorria, e houve um aumento de 900% na fila de pessoas precisando de leitos hospitalares. É um cenário gravíssimo”, considerou Ratinho Junior.
Nessa quinta-feira (25), o governador convocou reuniões virtuais para discutir o cenário atual e as novas medidas restritivas a serem implantadas. Participaram das discussões os prefeitos dos cinco maiores municípios do Paraná, incluindo o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, e os presidentes das associações municipais, que congregam as 399 cidades do estado.
“É o pior momento da pandemia neste um ano de enfrentamento da doença. A ideia é apresentar para a sociedade um pacote de medidas mais duro nesta sexta-feira para conter o contágio e evitar o colapso na rede de atendimento. Queremos construir um esforço conjunto para frear a curva crescente no Paraná”, disse o governador.
Ainda não há qualquer detalhe sobre quais medidas podem ser impostas porque todas as ideias foram alvo de discussão com os prefeitos. O objetivo dos encontros foi justamente procurar uma uniformidade de decisões com os executivos municipais e discutir necessidades regionais que precisam constar no decreto estadual.
Transmissão ao vivo
O anúncio do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, será transmitido ao vivo pelas redes sociais a partir das 11h desta sexta-feira. Acompanhe a coletiva de imprensa por meio da página do GMC Online e da CBN Maringá no Facebook e canal do YouTube da CBN Maringá.
Pandemia no Paraná
Durante as reuniões, o diretor de Gestão em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Vinícius Filipak, apresentou um panorama da pandemia. Segundo ele, o Paraná se encontra no pior momento desde o começo do enfrentamento, com viés de piora em todos os indicadores (ocupação de leitos, espera na fila para internação, novos casos e óbitos) se nada for feito para interromper a circulação.
Ele destacou que o Paraná alcançou a marca de 11,3 mil mortos e quase 630 mil infectados, e que a rede de atendimento da covid-19 nos hospitais conta com 1.271 leitos de UTI para adultos e 1.790 leitos de enfermaria, com ocupação acima de 94% no atendimento que requer intubação. Esse índice está acima da previsão pessimista de evolução.
“Mesmo com o tamanho dessa rede, e o incremento dos leitos do sistema privado, nunca tivemos uma ocupação tão elevada, é o maior número da nossa série histórica. São mais de três mil pacientes internados, confirmados ou suspeitos, nesse momento. Nunca o Paraná teve esse número simultâneo”, afirmou.
Filipak também ressaltou que 92% dos pedidos de internação foram atendidos em até 24 horas no Paraná desde o começo da pandemia. Nas últimas semanas, no entanto, quase 20% aguardaram mais de um dia uma vaga na Central de Leitos, o que demonstra aumento da ocupação e do tempo de internamento.
“Se hoje temos esse número de contaminados, imagina nas próximas semanas. É hora de fazer alguma coisa porque isso terá impacto direto nas internações da semana que vem e da outra. As medidas serão destinadas a reduzir o risco real de contaminação, sob pena de falência integral do sistema de atendimento”, destacou.
Ele também pediu aos prefeitos que ampliem a testagem na população nos próximos dias e destacou que houve uma diminuição muito brusca na estratégia de mapeamento. “Atualmente a média é de 40% de positivos nos testes do Paraná. Isso é inadmissível porque mostra que estamos testando apenas pacientes sintomáticos e perdendo oportunidade de detectar os demais, que estão circulando. Uma testagem ampla deveria significar 8% a 10% de positivos”, arrematou.
Com informações da Agência de Notícias do Paraná.
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