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Escolas privadas fazem ato pedindo reabertura em Maringá
Educação por Victor Simião em 27/09/2020 - 16:30Eles querem funcionar e atender a pequenos grupos de alunos, não a volta do ensino presencial. Na opinião deles, município deve autorizar e deixar que famílias decidam se permitem ou não a presença dos filhos, já que shoppings e bares estão funcionando e reunindo pessoas.
Atualização às 16h48:
Após o fechamento da reportagem, a prefeitura enviou a seguinte nota:
"A Prefeitura de Maringá analisa de forma técnica toda situação que é demandada, incluindo o setor de educação, sempre atenta ao comportamento do vírus e aos protocolos de prevenção."
Pelo segundo fim de semana consecutivo, diretores, professores e funcionários de escolas privadas de Maringá realizaram um ato no centro da cidade. Foi neste domingo (27), na praça da Catedral. Um grupo majoritariamente vestido de preto se reuniu de forma ‘silenciosa’. Eles organizaram mesas, representando uma sala de aula. Dentro desse espaço, ninguém. Do lado de fora, as pessoas.
A ideia foi representar o que tem acontecido no município. Na visão deles, a prefeitura deveria autorizar a reabertura do setor, não para a volta das aulas presenciais. Eles querem atender aos alunos individualmente ou em grupos pequenos - principalmente quem mais precisa, como quem tem dificuldades com ensino remoto. Na opinião do grupo, não há paridade entre os setores, já que shoppings, bares e outros segmentos funcionam e recebem pessoas.
A Prefeitura de Maringá proibiu o atendimento em escolas devido à Covid-19.
O Sinepe, sindicato que representa os empresários da educação, tem tentando articular a liberação. Sem sucesso neste caso, até o momento, embora tenha conseguido o retorno da pós-graduação.
Cartazes espalhados no ato diziam que os pais é que devem ter o direito de decidir se os filhos devem retornar ou não às escolas.
O diretor de uma desses estabelecimentos, Antonio Leonel, mais conhecido como Toninho, disse que o ato de domingo nada mais era do que pleitear um direito com respeito.
Outro diretor de escola presente no ato, Djalma Martins explicou que a ação deles não visa apenas o lucro, como eles têm ouvido dizer. Por outro lado, disse que, sim, houve queda de faturamento. Entre outros motivos, porque crianças de 0 a 4 anos não são obrigadas pela Constituição a ter aulas. Aí, pais retiraram a matrícula ou foram para o setor público - ou mesmo para locais clandestinos, que são mais baratos.
A CBN tem acompanhado essa situação. A Prefeitura de Maringá tem dito sempre que avalia todas as medidas e que continua estudando o que é a melhor resposta. Neste domingo, a reportagem procurou a assessoria de comunicação, que informou que iria apurar se havia alguma nova resposta, mas não informou até o fechamento desta reportagem.
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