Imagem Ilustrativa | Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Com o passar dos últimos anos, o uso das “bets” teve um grande crescimento no Brasil. Mas, junto com isso, o número de pessoas que se viciam também aumentou. Dados do Programa Ambulatorial Integrado dos Transtornos do Impulso (PRO-AMITI) mostram que houve um aumento de 175% na procura por tratamento para vício em apostas nos últimos anos.

O descontrole sobre apostas esportivas e jogos de azar já é considerado problema econômico e de saúde pública no País. O fenômeno preocupa o governo, o Banco Central e psicólogos, que já falam que o vício em bets é um problema que vai impactar o Sistema Único de Saúde no curto prazo. Fatores como ganhos e perdas nos jogos acabam fazendo com que as pessoas se viciem, seja para buscar mais lucro ou, como na maioria dos casos, para recuperar o dinheiro perdido.

O psicanalista Artur Costa explica que a compulsão por jogos é muito semelhante ao álcool e outras drogas, listando quais são os primeiros sinais que aparecem quando as apostas deixam de ser entretenimento para virar vício e como procurar ajuda ao detectar descontrole. Alguns dos primeiros sintomas são a necessidade de encobrir da família e amigos que está jogando e passar o dia pensando nas estratégias de apostas, ou fazer delas parte da rotina diária. “É uma dependência química”, afirma. Entre as consequências do vício, estão rompimentos familiares, endividamento e até tentativas de suicídio.

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