O PSD foi representado por seu líder máximo no estado, o ex-governador Moyses Lupion, que mostrara força eleitoral ao conquistar uma cadeira no Senado em 1954. A UDN apresentou o senador Othon Mader. O PSP foi representado pelo deputado federal Luis Carlos Tourinho. Desde 1951, o PTB planejava lançar candidato próprio ao governo do Paraná no certame vindouro. O nome mais cotado era o do senador Abilon de Souza Naves, homem de confiança de Getúlio Vargas e de João Goulart. Todavia, quando se aproximava da hora das definições, Souza Naves, alegando problemas de saúde, declinou da candidatura. No final, a convenção petebista ungiu o médico Mário Batista de Barros como candidato. Para completar o quadro, o PSB lançou novamente Carlos Osório.
O resultado foi o seguinte:
Moyses Lupion - PSD/PDC/PTN - 184.384 40,8
Mário Batista de Barros - PTB-PR - 130.388 28,9
Othon Mader - UDN - 65.886 14.6
Luis Carlos Tourinho - PSP - 45.525 10.1
Carlos Osório - PSB - 6.665 0.1
Brancos - 18.295 4.0
Nulos - 6.665 1,5
Total - 451.550 100
Conforme o livro “Paraná reinventado”, a vitoriosa campanha do PSD investiu na fixação da imagem de Bento Munhoz da Rocha como uma espécie de “prefeito de Curitiba”, supostamente interessado em gastar os tributos no embelezamento da capital, referência aos investimentos na edificação do Centro Cívico.
Além disso, segundo o historiador Alessandro Battistela, Moyses Lupion “sagrou-se vencedor utilizando-se habilmente o discurso de que resolveria o problema fundiário dos posseiros – fornecendo-lhes escrituras definitivas –nas regiões oeste, sudoeste e norte do estado [...], além de prometer mais investimentos em estradas, energia e outras obras de infraestrutura”.
Na avaliação de Alessandro Battistela, a vitória de Lupion era previsível porque prevalecia a divisão no campo político adversário. Essa divisão era visível, inclusive, no próprio PTB, cujo candidato chegara em segundo lugar, pois ele não obtivera unanimidade dentro de sua legenda. Por outro lado, o ex-governador Moyses Lupion mostrava força por ainda gozar de prestígio eleitoral, como demonstrou a recente conquista de uma cadeira no Senado, por controlar a grande imprensa e por deter poderio econômico para financiar a campanha.
Na comparação com a vitória obtida por Lupion em 1947, quando venceu por 2/3 dos votos, os números agora eram mais modestos, talvez pela divisão dos partidos e ampliação do número de candidatos com peso político. Mesmo assim, Lupion liderou em todas as regiões do Paraná.
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