Maringá FC perde para o Athletico na primeira partida da final do Paranaense | Foto: Fernando Teramatsu/MFC

Na primeira partida da final do Campeonato Paranaense, o Maringá FC perdeu para o Athletico por 1 a 0, jogando no Estádio Regional Willie Davids, neste sábado (30). O único gol da partida foi marcado por Pablo, de falta, na segunda etapa. A partida foi transmitida pela CBN Maringá em 95,5 FM e pelo Youtube.

A partida marcou o melhor público maringaense nesta temporada, com 13.777 torcedores no WD.

Os times voltam a se enfrentar no confronto final do campeonato no próximo sábado (6), às 17h, na Ligga Arena, em Curitiba. O Maringá precisará vencer por dois gols de diferença para ser campeão. Se vencer por um gol de diferença, a decisão será nos pênaltis. Para o Athletico, um simples empate basta, além de qualquer vitória.

O JOGO

O Tricolor Maringaense veio para sua terceira final de Campeonato Paranaense na história — sendo duas nos últimos três anos — com desfalques importantes. Suspensos, Morelli e Vilar não estavam disponíveis para a partida. O volante, pelo acúmulo de cartões amarelos, e o zagueiro, por ter sido expulso no segundo jogo da semifinal contra o Coritiba, no domingo (24).

Em busca de sua primeira conquista, o Maringá contou com casa cheia e apoio total de sua torcida no WD, com todos os mais de 13 mil ingressos esgotados e o maior público da temporada. Para chegar a final, o Tricolor ficou na terceira colocação na primeira fase, passou pelo Cascavel nas quartas de final e pelo Coritiba nas semis.

Também com boa presença da torcida organizada do Furacão no estádio, o Athletico busca seu 28º título estadual. Líder da primeira fase, o time da capital atropelou o Londrina nas quartas e venceu o Operário nas semifinais. Agora, tem a vantagem para o jogo de Curitiba.

A etapa inicial foi de pouca amostragem das duas equipes, mas de muita intensidade e muitas faltas. O Athletico não jogou como o habitual e abdicou de construir o jogo, abusando das ligações diretas para o ataque, que não funcionaram. 

Já o Maringá esteve em um ritmo muito alto e tentava trocar passes pelo meio para chegar à área, mas esbarrava num bom sistema defensivo. Com pouco espaço, levantava a bola na área em toda oportunidade que tinha e assim chegou em uma das poucas jogadas de perigo, em cobrança de falta de Serginho (41’).

O saldo final foi de nenhuma grande defesa por parte dos dois goleiros, além de poucas finalizações no gol e três cartões amarelos.

O segundo tempo foi melhor, com as equipes construindo mais as jogadas e chegando ao ataque com mais clareza e qualidade. A primeira metade foi de um Maringá melhor, que pressionava no ataque. Mas com as alterações de Cuca, o Athletico passou a controlar o jogo e logo abriu o placar, em linda cobrança de falta de Pablo (32’).

Minutos depois, Pedro Henrique foi expulso e deixou o Furacão em desvantagem numérica, chamando o Dogão para o ataque para tentar o empate. Foram instantes finais de muita pressão, mas somente com levantamentos na área e jogadas sem muita organização. Dessa maneira, o placar não se alterou e o Athletico vai para Curitiba com a vantagem na final.

1º tempo

O jogo começou com muita intensidade por parte das duas equipes. Muita vontade e velocidade, mas poucos acertos. Com a posse alternando bastante, os times tentavam encaixar jogadas, mas esbarravam nas defesas bem postadas.

O clima de final começou a ficar mais tenso e um excesso de faltas começou a ser cometido. Zé Vitor foi a maior vítima, sofrendo três faltas duras. Até os 30 minutos, os goleiros ainda não tinham levado sustos e trabalharam pouco.

O primeiro lance de perigo do jogo foi justamente com Zé Vitor em cobrança de falta. De muito longe, o camisa 18 encheu o pé e mandou a bola muito perto da trave, mas fora do gol.

O Athletico só respondeu aos 36’, com Pablo, após cobrança longa de lateral de Madson. O centroavante dominou na área e bateu forte, mas a zaga do Maringá desviou e mandou a bola para escanteio.

Em um jogo ainda muito truncado e enroscado, o Dogão assustou depois de um levantamento na área diretamente do meio-campo (41’). Serginho cobrou falta aberta e Rodrigo escorou para o meio para Max Miller, que brigou no alto com a zaga adversária. A bola acabou sobrando e Bento ficou fora do gol, mas Thiago Heleno chegou para mandar para longe e afastar o perigo.

2º tempo

Na volta do intervalo, a primeira chance foi do Furacão. Canobbio recebeu na direita em velocidade, invadiu a área e bateu cruzado, para boa defesa de Dheimison.

Ainda com o ritmo intenso, a partida ficou mais aberta que o primeiro tempo e as equipes chegavam com mais qualidade e construíam as jogadas com mais facilidade.

Mesmo assim, nenhuma jogada foi clara o suficiente para o placar ser aberto. Com o tempo, o Maringá foi ganhando campo e se colocou com mais frequência no ataque. Aos 21’, Zé Vitor bateu de longe, mas o chute saiu como um cruzamento, que encontrou Caíque livre pela esquerda. O lateral finalizou desequilibrado cara a cara com Bento, mas estava em posição de impedimento.

Com as primeiras substituições, o Furacão passou a ter mais controle do jogo e pressionou no ataque, enquanto a intensidade dos jogadores do Maringá parecia ter baixado.

E o primeiro zero do placar caiu aos 32’. Tito cometeu falta dura em Canobbio na lateral esquerda da área, muito perto da linha. Na cobrança, Pablo, mesmo sem muito ângulo, mandou direto, no canto do goleiro Dheimison, e marcou um golaço no WD para o Athletico sair em vantagem.

Aos 39’, o zagueiro Pedro Henrique, do Athletico, matou o contra-ataque maringaense e fez falta em Mirandinha. Como já tinha cartão, recebeu o segundo e o vermelho, indo para os vestiários mais cedo.

Foi a chance do Tricolor partir para o ataque e tentar igualar o resultado. Na primeira jogada, Max Miller mandou uma bomba de longe, mas viu Bento fazer linda defesa e mandar para escanteio. O Tricolor pressionou, mas não conseguiu chegar ao gol.

 

O Athletico tem a vantagem para o segundo jogo da final, em busca de seu 28º título paranaense | Foto: Fernando Teramatsu/MFC