Criação do feriado da Consciência Negra divide opiniões
Imagem Ilustrativa | Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Maringá

Criação do feriado da Consciência Negra divide opiniões

Cidade por Brenda Caramaschi em 10/07/2023 - 11:38

Após adiamento, ficando  fora da pauta por três sessões, proposta ainda divide opiniões. A votação em primeira discussão na sessão da Câmara está prevista para esta terça-feira (11).

O texto deveria ter sido votado no dia 29 de junho, mas foi retirado da pauta no mesmo dia, a pedido de uma das autoras da proposta, Professora Ana Lúcia (PDT). O argumento foi que Belino Bravin (PSD), que também assina o projeto, estaria impedido de votar por problemas de saúde, já que estava hospitalizado na data da sessão. O texto do projeto é assinado em conjunto pelos vereadores Professora Ana Lúcia (PDT), Adriano Bacurau (Rede), Belino Bravin (PSD) e Doutor Manoel (PL), que defende a celebração do feriado municipal em 20 de novembro. [ouça o áudio acima]

A Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) entregou à Câmara Municipal um documento assinado por pelo menos 20 entidades que representam o setor produtivo pedindo a não aprovação do projeto de lei que cria o feriado municipal do Dia da Consciência Negra e propondo “uma semana de conscientização com ações positivas como eventos, workshop, feira de empregabilidade e de empreendedorismo, debates, lives, entre outras ações que poderão ser realizadas em escolas de todos os níveis de ensino, espaços públicos, entidades e sindicatos. Essas ações devem fazer parte de uma política pública municipal, com engajamento de atores da sociedade civil organizada”. O presidente do Sindicato dos Contabilistas de Maringá (Sincontábil), Andrey Marlon Bueno dos Santos, fala sobre os impactos econômicos que a criação do ferido traria à Maringá. [ouça o áudio acima]

As entidades que apoiam a criação do feriado dizem, em um documento entregue à Câmara, que “estudos realizados em outras cidades que já adotaram essa medida demonstram que os feriados, além de não implicarem em prejuízo para a economia, podem impulsionar o consumo em alguns segmentos, ao mover a economia com o aumento de viagens, turismo e passeios, gerando receita para o comércio local”. Porém, a presidente do Sindishop, o Sindicato dos Funcionários das Empresas Estabelecidas em Shoppings Centers de Maringá e Sarandi, que representa mais de 7 Mill trabalhadores, Natalina Soprano, diz que Maringá não tem o mesmo perfil desses municípios e que muitos trabalhadores teriam perdas em seus rendimentos com mais um feriado no mês de novembro. [ouça o áudio acima]

O vereador Manoel Sobrinho, um dos autores do projeto que quer instituir o feriado, rebate as críticas e diz que, se o projeto não for aprovado agora, deve voltar a apresentá-lo no ano que vem. [ouça o áudio acima]

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