Conflito agrário deixa feridos em Guaíra
Forças de segurança na região de Guaíra em julho deste ano. | Foto: Vagner José Rodrigues

Disputa por terras

Conflito agrário deixa feridos em Guaíra

Paraná por Luciana Peña em 28/08/2024 - 09:51

Segundo a Polícia Federal, na noite dessa terça-feira (27), moradores do Eletrosul, um bairro de Guaíra, e indígenas que ocupam terras na cidade entraram em confronto por disputa fundiária.

O conflito foi controlado com a chegada de forças de segurança federais, estaduais e municipais. Segundo a PF, há feridos, mas ainda não se tem o número de quantas pessoas ficaram feridas.

O conflito agrário na região de Guaíra ficou mais acirrado nos últimos meses após novas ocupações de terras. A Funai acompanha a situação no local. Segundo despacho da Funai, publicado no Diário Oficial da União em 2018, indígenas que habitam o oeste do Paraná, nas cidades de Altônia, Terra Roxa e Guaíra, fazem parte da Terra Indígena Guasu Guavirá e ocupam duas glebas, que juntas somam 139 quilômetros de extensão.

Em 2013, a população destas glebas era de 1.360 pessoas. Os moradores locais alegam que os indígenas chegaram à região em 2006 e desde então promovem invasões a terras legalizadas de produtores rurais. A situação se agravou no início deste ano e a Força Nacional de Segurança Pública enviou equipes para a região.

Muitos produtores rurais entraram na Justiça pedindo a reintegração de posse das áreas ocupadas. O Ministério Público Federal recorreu de todas as decisões judiciais que determinaram a reintegração de posse dos imóveis e as decisões foram reformadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4ª).

O Tribunal determinou a participação do Comitê de Conflitos Fundiários, do próprio Judiciário, para a solução pacífica do conflito.

Há a informação de que a Itaipu Binacional pretende comprar terras em disputa e doá-las a indígenas.

(atualizado às 15h07): Segundo a Polícia Federal, quatro indígenas ficaram feridos e precisaram de atendimento hospitalar. a Polícia Federal abriu inquérito para apurar a responsabilidade criminal dos envolvidos no conflito.

 


 

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