Opinião
Opinião
Candidatos: qual o interesse pelo poder?
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 11/07/2024 - 08:00
Líderes orgânicos ou oportunistas?
Falar de política é falar de liderança. Afinal, ao escolhermos um candidato estamos escolhendo um líder. E nesta escolha estão os critérios que consideramos fundamentais para definir os princípios e valores para um representante público. Claro que, considerando que temos ciência da função que ele vai exercer.
Falo de função, porque nem todos sabem da diferença entre um vereador e um prefeito, acabando por escolher um com critérios que servem para o outro e vice-versa. Logo, parte considerável dos brasileiros não tem ciência e consciência das funções exercidas por representantes públicos, o que interfere diretamente no critério de escolha.
Mas, vamos ao que significa escolher um homem público. O que determina o interesse ou simpatia por um determinado candidato e não por outro.
A princípio há uma lógica de valor que se dá ao poder público, ao representante público. Este valor está associado ao poder que este representante vai exercer.
Se considero que a eficiência da função é o elemento que deve ser determinante na escolha, o meu critério é valorizar a qualificação do escolhido.
Porém, se meu interesse é dar benefícios ao escolhido como um presente pela conduta, afinidade ou princípios morais que tem, o critério de escolha é outro.
Os diversos exemplos de fazer política ou se fazer na política
Um exemplo simples, se me simpatizo, faz parte da minha vida profissional, é tema que vivencio e considero relevante a saúde pública, a escolha de um especialista na área que tenha serviços prestados e demonstra lucidez no trato e análise de temas relevantes a saúde pública é uma boa escolha.
Porém, se tenho simpatia por um líder religioso que não tem qualificação para a vida pública, mas é um pregador da Igreja que frequento, o critério é outro. Não há uma relação entre o escolhido e um determinado problema e um especialista para resolvê-lo.
Não estou aqui fazendo juízo de valor, mas avaliando os valores que determinam as escolhas. E quem vai se candidatar à vida pública deve saber e ter consciência destes critérios para saber se há chances de ser eleito.
Por isso, que muitos homens públicos são fruto da liderança orgânica, há os que têm vocação para a vida pública ou precisam se fazer na política, gerar um patrimônio transformando a vida pública em profissão. Há profissionais da política, os que fazem carreira como homens públicos e se consolidam na permanência manipulando as condições que os fazem se manter.
Porém, independente dos valores que os eleitores tenham, a intenção do representante público é chegar ao poder e, estando lá, manter-se. Logo, todo o meio que permita esta permanência ou ascensão na vida pública será praticada em nome da permanência no poder.
As grandes questões são: Qual o interesse de quem se candidata? Qual os valores que impulsionam quem elege? Nestas duas questões está a essência da lógica do poder.
Notícias da mesma editoria
Opinião
Opinião
Opinião
Respeitamos sua privacidade
Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade