A comissão de Direitos Humanos da Câmara de Maringá vai apurar se houve ou não abuso de autoridade no carnaval do município. Um pedido para que o trabalho fosse feito ocorreu nesta quarta-feira (06), e foi protocolado por um grupo de advogados da Frente Brasil Popular, um movimento social ligado principalmente ao PT. A comissão da casa é presidida por Carlos Mariucci, do Partido dos Trabalhadores. Alex Chaves, do PHS, é o vice-presidente. Três outros parlamentares são membros.
Os advogados alegam que há registros de abusos por parte das forças de segurança, sim. É que entre os dias dois e três deste mês, policiais ficaram ao redor do estádio Willie Davids. Armados, eles revistavam quem passasse por ali. Na avaliação do coordenador da Frente Brasil Popular e um dos responsáveis pelo pedido, Humberto Boaventura, houve cerceamento da liberdade e abuso.
O carnaval de Maringá foi cancelado pela Prefeitura após uma série de polêmicas. Aí, as forças de segurança foram colocadas na rua. A justificativa oficial foi a seguinte: para evitar baderna na região central da cidade – versão contestada por alguns foliões e pela Frente Brasil Popular.
O presidente da comissão de Direitos Humanos, vereador Carlos Mariucci, disse que há um entendimento de que houve certo exagero por parte da polícia em relação aos foliões.
A comissão não tem poder de investigação, mas pode subsidiar uma denuncia para o Ministério Público e outros órgãos.
Os advogados pretendem acionar a comissão de Direitos Humanos da OAB Maringá e também o MP.
No fim de semana de Carnaval, quase 30 adolescentes foram flagrados com bebida alcoólica em Maringá. Eles estavam próximos ao estádio Willie Davids. Por lá haveria um protesto contra o cancelamento do evento. Aí eles foram associados a esse protesto.