A informação de que o Asilo São Vicente de Paulo vai deixar de fazer acolhimento institucional de idosos a partir do dia 13 de junho circula na mídia. A instituição teria enviado um documento ao município informando a situação. A CBN entrou em contato com a prefeitura e aguarda um retorno.
Mas a informação de que instituições filantrópicas de Maringá enfrentam um período de dificuldade em função da pandemia foi confirmada pelo presidente da Câmara Municipal, Mário Hossokawa em entrevista à repórter Luciana Peña.
Segundo ele, em específico, o Asilo São Vicente de Paulo enfrenta uma crise maior, por causa de determinações de reformas e melhorias exigidas pela Vigilância Sanitária.
Mas, de acordo com Hossokawa, o Asilo não tem condições de atender essas exigências agora por problemas administrativos na diretoria e falta de recursos por causa da pandemia. Ele espera que o MP estenda o prazo para cumprimento dessas exigências. [ouça o áudio acima]
De acordo com a promotora de Justiça, Michele Nader, o que o Ministério Público pede é a regularização de condições mínimas para o funcionamento. Ela afirma que foram identificadas situações inclusive de fornecimento de alimentos e medicamentos vencidos.
Segundo ela, a preocupação do MP é com o bem-estar e tratamento dos idosos e que o poder de interdição é dos órgãos municipais. Caso o asilo não tenha mais condições de atender os idosos, o município não os deixaria desassistidos. [ouça o áudio acima]
De acordo com a promotora, o acompanhamento a essas instituições é contínuo e antes da pandemia, o local já apresentava irregularidades. Segundo ela, a instituição tem muitos voluntários, mas também recebe aporte financeiro do município. [ouça o áudio acima]
A reportagem entrou em contato com o Asilo para comentar o caso, mas foi informada que o responsável está em viagem e aguarda um retorno.
Atualizado às 17h12:
Em nota por meio de assessoria de imprensa, a Prefeitura de Maringá informou que “a Secretaria de Assistência Social está em contato com a entidade para entender os motivos da suspensão na recepção de idosos e verificar qual a realidade da instituição e decidir sobre os próximos passos”.