De acordo com uma pesquisa interna feita com 7,5 mil estudantes da UEM, ao menos 200 deles não têm acesso à internet ou não têm equipamentos como computador ou smartphone. O levantamento foi feito porque a universidade tem trabalhado para o retorno das aulas de forma remota devido à Covid-19. Uma proposta será votada pelo Conselho de Ensino e Pesquisa na tarde desta quarta-feira (15).
A UEM tem em torno de 15 mil alunos de graduação presencial. A pesquisa foi respondida, portanto, por 50% deles. Em um trabalho anterior, 78% dos acadêmicos responderam - e 9% haviam dito não ter acesso à banda larga.
De acordo com o diretor de assuntos acadêmicos da Universidade Estadual de Maringá, Carlos Humberto Martins, a reitoria está preocupada com o assunto. Por esse motivo, conseguiu 450 smartphones que poderão ser emprestados e os laboratórios de informática poderão ser utilizados, seguindo as medidas para evitar o contágio da Covid-19 - se a proposta de retorno remoto for aprovada no CEP.
Dos alunos que têm conexão com a internet, 83% usam de suas casas e 14% no trabalho e em casa; o restante só no trabalho ou não tem. 82% têm equipamento exclusivo, ou seja, não dividem com ninguém.
A pesquisa também foi feita com professores. 62% do total responderam - ou seja, 950. Desses, 68% registraram se sentir capacitados para ministrar aulas de forma remota.
Por conta do coronavírus, o ano letivo 2020 não começou. A UEM criou um grupo de trabalho que avaliou a possibilidade de retorno de forma remota, a partir do dia 03 de agosto. Essa proposta já foi aprovada pela Câmara de Graduação, uma primeira instância, digamos assim.
O CEP poderá aprovar, modificar ou rejeitar o plano.